Coronel é investigado por corrupção e improbidade administrativa na Aman

Atualizado dia 18, às 10h59

Foram abertas pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ), na última semana, três investigações contra o coronel do Exército José Rozário Araújo Monti, ex-chefe da divisão de Logística da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Segundo a informação veiculada na revista Veja, de grande circulação nacional, a Procuradoria vê indícios de improbidade administrativa durante a gestão do militar.

Na instauração, são apontadas irregularidades na adesão a pregões e dispensa de licitações enquanto o coronel chefiava a Logística da Aman. Além disso, Araújo Monti já era alvo de ação penal na Justiça Militar pelo crime correlato de corrupção passiva militar. A abertura dos inquéritos no MPF foi determinada pela procuradora do Núcleo Resende, Izabella Marinho Brant.

Uma das investigações é relacionada a uma Ação Civil movida pelo MPF movida há quatro anos contra Araújo Monti, onde este é apontado como responsável por “prática de ato de improbidade administrativa tipificado no inciso XI do artigo 10 da Lei de Improbidade Administrativa (liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular)”.

Segundo o processo nº 0018138-60.2016.4.02.5109, durante a gestão do coronel no cargo, no ano de 2009, “o réu foi responsável pela gestão completamente desorganizada no âmbito da Aman, atestando recebimentos de mercadorias, realizando empenhos e liquidando despesas sem a comprovação do recebimento dos serviços e mercadorias contratados”.

Ainda de acordo com o documento, assinado pelo juiz federal Paulo Pereira Leite Filho, o réu “emitiu ordem verbal a outro subordinado, para que este desse a quitação das notas fiscais mesmo sem o recebimento físico das mercadorias”. E que “após a quitação irregular, o réu ainda emitiu Guias de Remessas das mercadorias (que ainda não haviam sido recebidas fisicamente) a ele mesmo, pois ele era o destinatário final dos itens adquiridos”.

O jornal BEIRA-RIO entrou em contato com a Seção de Comunicação Social da Aman, que em nota informou que a academia militar tomou conhecimento da abertura das investigações sobre o Coronel José Rozário Araújo Monti, antigo chefe da Divisão Logística da Academia. Em relação ao exposto, a nota ainda cita que à época a Aman realizou a abertura de procedimento administrativo para a apuração dos fatos e que atualmente, o processo encontra-se no Ministério Público Federal (MPF).

A Aman encerra a nota destacando que cabe à entidade apenas responder aos questionamentos provenientes dos órgãos externos, e que se coloca à disposição para demais esclarecimentos.

Foto: Divulgação/Aman

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