No Dia de Hoje – 4 de dezembro

No dia 4 de dezembro de 1985, morria o cantor e compositor Teixeirinha, um dos maiores expoentes da música gaúcha. Recordista em vendas no Brasil, recebeu o apelido de Rei do Disco. Um de seus sucessos foi a canção “Coração de Luto”, inspirado na tragédia familiar que vivenciou aos 9 anos, quando sua mãe morreu após sofrer graves queimaduras após cair em uma fogueira, e tornou-se órfão na ocasião, já que o pai morreu dois anos antes, de infarto. A música fez sucesso no país nas vozes de outros intérpretes da música sertaneja.

Iniciou sua carreira artística no anos 1959, depois de três anos cantando nas estações de rádio, quando recebeu o seu primeiro convite para gravar um disco, em São Paulo, onde produziu O Gaúcho Coração do Rio Grande, seu primeiro álbum, lançado um ano depois, em 1960. Na mesma cidade, Teixeirinha também gravou as canções Xote Soledade e Briga no Batizado. Em julho do mesmo ano, lançou Coração de Luto, que fez parte do lado B do disco de 78 rotações que também acompanhava a música Gaúcho de Passo Fundo, no lado A.

Em 1961, conheceu a acordeonista Mary Terezinha enquanto tocavam na Rádio Bagé. Mary o acompanhou por 22 anos. Na década de 1970, a carreira musical de Teixeirinha alcançou projeção nacional e internacional, cantando em várias cidades brasileiras e tendo feito turnês em Portugal, Espanha e em países da América do Sul, além de 15 shows nos Estados Unidos em 1973 e 18 shows no Canadá em 1975.

Apesar do sucesso nacional e internacional, Teixeirinha foi alvo de duras críticas. Suas músicas, à época, eram consideradas de mau gosto pela crítica. Teixeirinha chegou a ser acusado de usar a morte da mãe para obter fama. Em 1970, quanto Teixeirinha participou ao vivo no programa de televisão A Grande Chance, pela extinta Rede Tupi, o apresentador Flávio Cavalcanti destruiu os LPs do cantor ao vivo.

Como cineasta, em 1966, escreveu o roteiro do filme Coração de Luto, baseado na música de mesmo nome, lançado em 1967 pela Leopoldis-Som, dirigido por Eduardo Llorente. Em 1969, ele estrelou o filme Motorista sem Limites e no mesmo ano, fundou a produtora Teixeirinha Produções Artísticas, em 1970, com a qual produziu dez filmes. Como radialista, apresentou o programa Teixeirinha Amanhece Cantando, que foi transmitido pelas rádios Farroupilha e Gaúcha durante a década de 1970.

Em 1983, Teixeirinha foi diagnosticado com um linfoma. A doença, junto com a separação de Mary, cuja relação com ele havia saído dos palcos e gerado dois filhos, trouxeram tristeza para o cantor. Apesar disso, Teixeirinha ainda lançou ainda três álbuns e chegou a fazer sessões de radioterapia em São Paulo, mas o tumor nas glândulas linfáticas se agravou e ele morreu em sua casa. Deixou sete filhas e dois filhos. Seu corpo foi sepultado no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre.

Fotos: Reprodução/Internet e Eugenio Hansen

Fonte: Wikipédia

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