No Dia de Hoje – 11 de novembro

Zé Katimba durante o lançamento do CD de 2015 do Carnaval Carioca (Foto: Henrique Matos)

Em 11 de novembro de 1932 nascia o compositor de sambas de enredo José Inácio dos Santos, conhecido como Zé Katimba. Ele é considerado um dos criadores da versão moderna do gênero musical. Aos 16 anos, participou da fundação da Imperatriz Leopoldinense, e até hoje faz parte da ala de compositores da agremiação.

Além dos sambas de enredo, as músicas de Katimba “de meio de ano” ganharam voz com: Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Emílio Santiago, Elymar Santos, Demônios da Garoa, João Nogueira, Agepê, Simone, Julio Iglesias, Alcione, Leci Brandão, Elza Soares, Jorge Aragão, além lógico, dele próprio.

Na década de 70, virou personagem da novela Bandeira Dois, escrita por Dias Gomes para a Rede Globo, num Katimba interpretado por ninguém menos que Grande Otelo. Seu samba “Martin Cererê”, tema da trama, gravado pela Som Livre, vendeu 700 mil cópias.

Ele continua em plena atividade poética. Em 2007, em música ainda inédita, filosofa “O que marca ponto é o momento do encanto/do encontro marcado/exorcizar os demônios/juntar os hormônios/na mão que afaga”. Em 2008, retornou à Imperatriz Leopoldinense, da qual havia se afastado há alguns anos.

Em dezembro de 2009, foi homenageado com a medalha Pedro Ernesto, honraria concebida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, uma iniciativa do vereador Eliomar Coelho. A homenagem é um devido reconhecimento por todo seu empenho na valorização da cultura popular brasileira, seja através do seu trabalho desenvolvido na Imperatriz Leopoldinense há mais de 50 anos ou na composição de clássicos atemporais do samba.

Entre seus trabalhos extra carnaval, compôs em parceria com Martinho da Vila, a música “Na Minha Veia “que deu nome ao CD da Simone “Na Veia”, lançada em 2009 e também faz parte do DVD “Em boa companhia”. “Na Minha Veia” foi gravada também pelo Martinho da Vila no seu CD e DVD “Lambendo a Cria”. Compôs também em parceria com o Martinho da Vila uma música em homenagem a Dona Ivone Lara, que teve como título “Lara”. Este samba foi gravado pelo próprio Zé Katimba, Martinho da Vila e Martinália.

Além disso, para os carnavais de 2015 e 2016, ele venceu os concursos de sambas de enredo da Imperatriz, quando com Adriano Ganso, Aldir Senna, Jorge do Finge e Marquinho Lessa, compôs “Axé, Nkenda! Um ritual de liberdade – e que a voz da igualdade seja sempre a nossa voz”. Em 2016, com a parceria dele ao lado de Adriano Ganso, Jorge do Finge, Moisés Santiago e Aldir Senna, venceu a disputa de samba de enredo, que a escola de Ramos levou para a Sapucaí no carnaval de 2016, com o enredo “É o amor que mexe com a minha cabeça e me deixa assim. Do sonho de um caipira nascem os filhos do Brasil”.

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