Aman vive situação rara com alagamento após forte chuva em Resende

Aman amanheceu com vários pontos de alagamento após rio Alambari transbordar (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Uma forte chuva caiu entre o final da tarde desta quarta-feira, dia 27, e a madrugada de quinta-feira, dia 28, em diferentes bairros de Resende. Dentre os estragos registrados estão inundações em residências, estradas com problemas de deslizamento ou danos ao asfalto e também uma cena pouco comum no município: o alagamento na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman).

Segundo um post publicado nas redes sociais, o autor da postagem relata que é a primeira vez em 55 anos que presencia tal cena. Ele ainda destaca relatos de que a inundação teria sido resultado da chuva pesada e constante registrada na quarta-feira, que “fez subir o nível de água do rio Alambari (um dos afluentes do Paraíba do Sul) a ponto de transbordar”. Em uma das fotos, dá para ver que logo após o portal de entrada a água toma conta da parte mais baixa e também de outras dependências da academia.

Na manhã desta quinta-feira, a Aman divulgou nota informando que, devido à forte chuva e por conta do transbordamento do rio Alambari, as regiões da Avenida do Exército (retão da Aman) e área dos parques dos cursos foram atingidas pelo alagamento, afetando o Campo de Marte, além da área dos parques dos cursos. A academia ainda avisa que por questão de segurança, os acessos estão bloqueados e serão liberados assim que possível. “A Aman segue à disposição para apoiar as demandas da Defesa Civil do município de Resende e agradece a cooperação de todos” encerra a nota.

Situação de desolamento: moradores da São Januário, no Jardim do Sol, tiveram que deixar suas casas (Fotos: Reprodução/Redes Sociais)

A alguns quilômetros dali, no bairro Jardim do Sol, o rio Pirapetinga provocou a inundação de várias casas na Chácara São Januário e deixou 30 famílias desabrigadas, segundo outra postagem nas redes sociais. Os moradores foram levados para um abrigo no Colégio Estadual Roberto Silveira, no bairro Paraíso. Em uma das casas, a água chegou a bater na cintura de uma moradora. As mesmas cenas se repetiram em outros bairros, dentre eles o Jardim Beira Rio, onde a água também invadiu o barraco onde vive uma família em situação de vulnerabilidade social com três filhas.

Além dos alagamentos registrados em vários bairros de Resende, a forte chuva também provocou queda de barreiras em diferentes rodovias. Na RJ-163, barreiras caíram sobre a pista em vários pontos na altura da Capelinha e de Visconde de Mauá. Já na estrada da Boca do Leão, que liga a zona rural de Resende ao distrito de Rialto, em Barra Mansa, houve um deslizamento de terra, e parte do asfalto cedeu. Equipes da Defesa Civil e da prefeitura trabalham para liberar o trânsito nesses locais.

Segundo dados da fanpage do Monitoramento Climático Fluminense (MCF), com a forte chuva houve elevamento do nível do rio Paraíba do Sul, provocando o transbordo de alguns rios afluentes, entre eles o Alambari. A postagem ainda cita que dados registrados nos pluviômetros do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) nas últimas 20 horas apontam “um grande volume (de chuva) que caiu de forma generalizada entre Itatiaia (onde caíram 86 mm) e Resende (onde foi registrado 118 mm)”.

Já um levantamento do Climatempo apontou um volume de 44 mm de água em uma hora e mais 130 mm em mais sete horas em Resende. Tanto o instituto quanto o MCF ainda alertam para a previsão de mais chuva para as cidades da região nas próximas horas.

A Defesa Civil local informou que está trabalhando para contabilizar os estragos e resolver os problemas causados pela chuva em todo o município. Não há registro de feridos. O órgão disponibilizou o telefone 199 para qualquer emergência durante o período.

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