Deputado pede revogação de Medalha Tiradentes a vereador acusado de matar criança

O Deputado Noel de Carvalho (PSDB) encaminhou um projeto de Resolução nesta segunda-feira, dia 12, pedindo que seja revogada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) a Medalha Tiradentes dada ao vereador da cidade do Rio de Janeiro, Jairo Souza Santos, o Doutor Jairinho (na foto à direita), acusado de matar o enteado Henry Borel, de 4 anos.

A medalha, máxima honraria concedida pelo estado a personalidades que tenham prestado bons serviços ao estado, ao Brasil e à humanidade, foi concedida ao vereador em dezembro de 2007 pelo então deputado Antonio Pedregal.

– É inimaginável que alguém cometa qualquer ato violento contra quem quer que seja, principalmente quando a vítima é uma criança, que não tem como se defender. É um ato muito covarde que se torna ainda mais repulsivo quando essas agressões resultam em morte. A morte do Henry, que agora é um anjo, dói na nossa alma. Como parlamentar, sinto-me na obrigação de pedir a revogação da Medalha Tiradentes concedida ao Doutor Jairinho por se tratar da máxima honraria concedida a personalidades que tenham prestado bons serviços ao estado, ao Brasil e à humanidade – disse o deputado.

A iniciativa de Noel se justifica também por outra contribuição dada pelo deputado: ele é autor da lei estadual nº 4.725, de 15 de março de 2006, que obriga a notificação compulsória à autoridade policial e ao Conselho Tutelar, por parte das direções dos estabelecimentos de ensino e de saúde públicos e privados, localizados no Estado do Rio de Janeiro, nos casos de violência contra a criança e o adolescente.

ENTENDA O CASO
No dia 8 de março deste ano, Henry Borel, de 4 anos, chegou morto ao hospital com sinais de espancamento no meio da madrugada. Segundo a polícia, Doutor Jairinho e a namorada e mãe do menino, Monique Medeiros, são os suspeitos pelo assassinato do menino, uma vez que as investigações apontam que Jairinho teria espancado Henry até a morte e a mãe, que estava junto na hora, não fez nada para salvá-lo. Os dois já estão presos.

Fotos: Rafael Wallace/Alerj e Renan Olaz/Câmara do Rio de Janeiro

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