OMS classifica novo coronavírus como pandemia

Nesta quarta-feira, dia 11, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o novo coronavírus como pandemia. Segundo a OMS, a previsão é de que o número de casos, mortes e países afetados só deve aumentar. Atualmente mais de 100 países já são afetados pelo vírus, incluindo o Brasil, que soma ao todo 52 casos confirmados de acordo com o último levantamento do Ministério da Saúde.

Mesmo que ainda assuste, o nome “pandemia” não muda nada na realidade da proliferação do vírus. Ela é usada quando uma doença não se restringe apenas a uma região específica, mas sim por todo o globo, uma vez que o vírus estava apenas na China, mas se espalhou rápido assim que saiu da região. Metade dos países infectados pelo coronavírus apresentou seu primeiro caso nos últimos 10 dias.

No Brasil, o último boletim do Ministério da Saúde apontou que foram confirmados até esta quinta-feira 52 casos, a maioria deles no estado de São Paulo, onde 30 pessoas foram diagnosticadas com o novo coronavírus. Os demais casos foram registrados na Bahia, Rio Grande do Sul e Distrito Federal (com dois casos cada) e um no Espírito Santo, Minas Gerais e Alagoas (com um caso cada).

No estado do Rio de Janeiro são 13 casos confirmados, sendo 11 na capital e uma em Niterói, além do primeiro deles, registrado em Barra Mansa. O último boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) aponta que além dos casos confirmados, ainda há 88 suspeitos em todo o território fluminense. Nesse último levantamento, não há nenhum caso na Região das Agulhas Negras, mas Barra Mansa tem quatro casos suspeitos e três em Volta Redonda.

O SES-RJ ainda publicou nesta quarta-feira, em edição extra do Diário Oficial, decreto que dispõe sobre medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública por causa da pandemia. A medida segue texto da Lei 13.979, de 6 de fevereiro, do Governo Federal, que prevê medidas que poderão ser adotadas para combater a doença. A legislação, que também tem como base Declaração de Emergência da Organização Mundial de Saúde, dá garantias às autoridades sanitárias regionais para que tomem providências em prol da coletividade.

Segundo o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos, “o decreto tem o objetivo de dar a Secretaria de Estado de Saúde mais agilidade no enfrentamento da crise, inclusive na compra de insumos, aluguel de equipamentos e construção de novos leitos” e “regulamenta em nível estadual a lei federal promulgada em fevereiro”.

Entre as regras que poderão ser adotadas em casos suspeitos, o decreto prevê: isolamento; quarentena; exames médicos; testes laboratoriais; coleta de amostras clínicas; vacinação e outras medidas profiláticas; tratamentos médicos específicos; estudo ou investigação epidemiológica; exumação, necropsia, cremação e manejo de cadáver. Há ainda a possibilidade de requisição de bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas, hipótese em que será garantido o pagamento posterior de indenização justa.

Ate o momento, segundo o secretário, não há transmissão ativa do vírus no Rio de Janeiro. Os casos confirmados até agora são importados do exterior. A SES-RJ orienta a população a seguir as regras de etiqueta respiratória, entre elas proteger nariz e boca ao espirrar ou tossir; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres e copos; lavar frequentemente as mãos, especialmente após espirrar ou tossir e utilizar álcool em gel nas mãos.

Em caso de suspeita, com febre ou sintomas respiratórios e/ou viagens a países com casos de coronavírus, outras medidas deverão ser tomadas:

– Cubra o rosto com máscara cirúrgica
– Vá à unidade básica de saúde, hospital de emergência ou à UPA mais próxima
– Siga as orientações dos profissionais de saúde
– Siga as medidas de prevenção: lave as mãos frequentemente, cubra o rosto ao tossir e espirrar, não compartilhe objetos de uso pessoal, evite locais de grande aglomeração, utilize álcool em gel para as mãos.

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