Às vésperas de mais uma campanha nacional de vacinação, e com a preocupação das autoridades com o surgimento de um movimento anti-vacinação no país, algumas mães relataram nas redes sociais que estão enfrentando dificuldades em encontrar a vacina contra a meningite nos postos e em outras unidades de saúde de Resende, sendo obrigadas a se deslocarem para Itatiaia. A internauta Cristina Braga Pires, em postagem de 25 de julho, contou sobre a longa peregrinação que enfrentou para garantir a imunização de seu filho de três meses.
– A lei quer processar os pais por atrasarem as vacinas, aí eu pergunto e quem vai processar os postos de saúde de sua cidade que não têm vacina para esses mesmos país vacinarem seus filhos? Indignada com Resende, nenhum posto tem a vacina, isso é uma vergonha. Aí você vai na cidade ao lado, Itatiaia, uma benção, todos os postos tem a vacina. Por que Itatiaia tem e Resende não? É preciso saber se a lei também vai processar o órgão responsável por isso – desabafou a internauta, que precisou se deslocar com o filho para vaciná-lo no município vizinho.
Segundo ela, ao questionar os funcionários sobre a falta da vacina, a resposta é a mesma. “Ainda fui orientada a ficar ligando pois estava em falta em todos os postos, e que ainda iriam fazer os pedidos sem previsão para chegar”, acrescenta.
Além dela, outras duas mães chegaram a reclamar da falta da mesma vacina. Outra internauta relatou que estaria com dificuldade de encontrar a vacina pentavalente, indicada para crianças com mais de dois meses de idade e que previne contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo B.
Em nota, a Prefeitura de Resende informou que os Postos de Saúde do município continuam aplicando, regularmente, a vacina pentavalente. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a única vacina que não está sendo aplicada atualmente na rede é a Meningocócica C, cujas doses são fornecidas pelo Ministério da Saúde. Ainda conforme citou a nota, o Ministério da Saúde informou que a distribuição está reduzida “em razão de atrasos na entrega feita pelo laboratório produtor, a Fundação Ezequiel Dias (Funed). A previsão é que a distribuição seja normalizada em todo o país ainda neste mês”.
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