Parque Embaixador, o bairro dos terrenos abandonados

Constantina Laerte da Silva, a Tininha; Selma e Graça (da esquerda pra direita) já não aguentam mais conviver com terreno sem limpeza há um ano

Moradores da Rua Bandeirante Raposo Tavares, no bairro Parque Embaixador, denunciaram as condições em que se encontram dois terrenos, um ao lado do outro, existentes na vizinhança.

Segundo a professora Selma Correia, os terrenos, que segundo ela pertencem aos proprietários de uma loja especializada em móveis e enxovais para bebês do Centro de Resende, “estão em total estado de abandono”, e causam transtornos aos vizinhos.

– O mato já ocupa parte da rua. Há anos sofremos com esse matagal! Nossas casas são constantemente invadidas por insetos provenientes destes terrenos. Gostaríamos de contar com o apoio das autoridades municipais, para que exijam dos proprietários a limpeza e manutenção de seus terrenos – disse a professora, nas redes sociais.

E Selma não é a única a reclamar do problema do matagal que chegou a invadir a pista. Outra moradora do local conta que a vizinhança teve que se unir para que o problema fosse solucionado. “A gente precisou fazer vaquinha para contratar uma pessoa que veio há três dias (na última sexta-feira, dia 13) fazer a limpeza do terreno. Se deixasse por conta dos donos, eles jamais fariam isso”, destaca a artesã Antônia Alves de Lima Oliveira, a Graça.

O trecho está parcialmente limpo, mas no momento da entrevista, realizada nesta segunda-feira, dia 16, a pessoa contratada para o serviço não se encontrava no local por estar resolvendo problemas pessoais, segundo os vizinhos.

Segundo os vizinhos, desde o ano de 2016, o último do Governo Rechuan, o terreno passou somente por duas limpezas, a primeira naquele ano, que era eleitoral, e a última depois de um pedido realizado pela associação de moradores local, no ano passado. Desde então, a invasão de animais peçonhentos ou transmissores de doença têm sido frequentes nas casas.

– Meu marido chegou a encontrar somente neste terreno cobras, lacraias e até mesmo quatro vasilhas de água parada com larva de mosquito (da dengue). Inclusive, o mato atrapalhava os motoristas a passarem aqui na rua e aumentava o risco de atropelamentos e outros acidentes – acrescenta Graça.

A demora na limpeza tem feito os moradores também questionarem a aplicação das multas e notificações da prefeitura. “Se a gente demorar pra limpar os nossos terrenos ou colocar entulho e lixo nas calçadas, nós somos multados. Desconfio que o dono desse terreno não deva receber multa, pois ele não toma a iniciativa de limpar faz algum tempo”, cita Selma.

Playground mal conservado foi o pouco que sobrou de terreno da Rua Bandeirante Pedro Teixeira

TERRENO PÚBLICO ABANDONADO
A professora também aproveitou pra falar de um outro terreno na Rua Bandeirante Pedro Teixeira – esse do governo municipal – que não vem recebido a devida manutenção. “Aqui a gente tem visto o playground abandonado e pessoas colocando entulhos no local. Um trecho só vem conseguindo receber manutenção graças a um vizinho que tem plantado sementes e mudas de plantas doadas pelas pessoas”, relembra a professora.

A equipe do jornal BEIRA-RIO entrou em contato com um dos proprietários dos dois terrenos citados ns Bandeirante Raposo Tavares.  Ele informou que foi notificado nos últimos dias pela Prefeitura de Resende a limpar o terreno no prazo de 30 dias, e que já providenciou o serviço de capina, que deverá se iniciar em até 15 dias.

O jornal também entrou em contato com a Prefeitura de Resende, proprietária do terreno localizado na Rua Bandeirante Pedro Teixeira, e também quais serão as providências tomadas junto aos donos do terreno privado na Bandeirante Raposo Tavares, mas até o momento aguarda uma resposta do governo municipal sobre o assunto.

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