Decisão na justiça provoca confusão no caso de trailer da Praça

Trailer do Paulinho segue funcionando normalmente entre à tarde e à noite

A novela envolvendo o trailer do autônomo Paulo Henrique Ambrósio, o Paulinho do Trailer, localizado na Praça Oliveira Botelho e a Prefeitura de Resende ganhou mais um capítulo na noite desta segunda-feira, dia 26.

Uma decisão do juiz Hindenburg Brasil, que chegou a declarar extinto o processo que o autônomo move na justiça no último dia 14 contra a Prefeitura de Resende, que quer interditar e retirar o trailer de lanches da Praça, acabou sendo o pivô da confusão relatada por Paulinho no começo desta semana.

Segundo ele, uma grupo formado por representantes da Divisão de Posturas, da Guarda Municipal e mais três fiscais e dois guardas teriam batido a porta de sua casa por volta das 19h15.

– Eu estava em casa no momento em que eles queriam interditar o meu trailer. Lembro que nesse dia eu não estava com meu estabelecimento aberto (Paulinho costuma trabalhar entre à tarde e à noite), pois estava me organizando para trabalhar na Semana Santa – respondeu.

A visita da equipe da Fiscalização de Posturas e da Guarda Municipal foi classificada por Paulinho como “abuso de autoridade”. “Eles não poderiam ter feito isso! É abuso de autoridade. Ainda bem que não conseguiram lacrar meu trailer, pois eu já havia entrado com um processo na justiça ano passado e ele ainda prossegue em andamento”, cita.

Assim que teve conhecimento da extinção do processo devido a um problema no cumprimento dos prazos exigidos pela justiça, Paulinho e seus advogados entraram com uma nova petição no mesmo dia da “visita” da Divisão de Posturas, o que garante a permanência do trailer no local.

O autônomo acredita que houve erro de comunicação do cartório que recebeu a nova petição. “Assim que os advogados tiveram acesso a esse desfecho, nós entramos com outro recurso na segunda-feira. Porém, descobrimos que houve um erro de comunicação por parte do cartório, pois a prefeitura não havia tomado conhecimento dessa petição”.

Durante a ação da Prefeitura, alguns advogados defenderam Paulinho e não deixaram que seu trailer fosse retirado. “Uma conhecida que é advogada e costuma me ajudar muito, teve que avisar e mostrar aos fiscais e guardas que o processo continuava correndo na justiça. Já o Caio Sampaio (vereador), também presenciou a cena e veio em minha defesa, impedindo que me retirassem o trailer e tudo que tem lá dentro”, completou.

Paulinho entrou com processo na justiça em dezembro do ano passado (nº 0012934-54.2017.8.19.0045), depois que recebeu em 1º de dezembro uma notificação da Coordenadoria de Fiscalização de Posturas da Prefeitura de Resende, alegando que a infração seria o fato de ter um “veículo de alimentação fixo em via pública”.

O autônomo alega que não teve mais sossego desde que a nova Câmara foi inaugurada e que o então presidente Roque Cerqueira (PDT) começou a cobrar que Paulinho comprasse um novo trailer,pois o dele “destoava da paisagem do local”.

A equipe do jornal BEIRA-RIO entrou em contato com a Prefeitura de Resende, que ainda não se pronunciou sobre o caso.

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