Viver o amor, a paixão

Um fio tênue delimita dois sentimentos diferentes, o amor e a paixão, mas não sabemos bem onde começa um e onde termina o outro. Em geral tomamos um pelo outro e o outro pelo um.

Uma relação de poder se estabelece: eu lhe quero. Então, me entrego para ter o objeto da minha paixão.

Paradoxalmente, cativamos para sermos amados livremente. E tal cativeiro não é ausência de liberdade, pois a maior expressão da nossa personalidade e sensibilidade é a união. Mas ficamos “preso” ao outro pela dependência que a admiração inculte.

Nada é fácil. A felicidade e a plenitude que esses sentimentos nos trazem transformam- nos em pessoas inseguras, frágeis, perdidas em devaneios, falsos perigos e com medo de perdermos tamanha dádiva. Como se o medo, a insegurança, esses sentimentos perversos …tudo isso fosse alguma coisa significativa para mantermos atrelados a nós os ganhos advindos desse estado inebriante! Muito pelo contário. É o caminho mais rápido para destruirmos e nos destituirmos do paraíso.

Que não seja a nossa preocupação, então. A tônica deve ser: viver o amor, a paixão no momento em que aparece , que surge, que vem. Afinal, a vida necessita ser vivida dessa forma, no presente. Não nos momentos em que relembramos saudosistas ou amarguradamente o passado e nem quando nos preocupamos e planejamos um futuro que talvez não chegue a acontecer.

Ângela Alhanati
contato@angelaalhanati.com.br
Livre pensadora exercendo seu direito à reflexão

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