Os aposentados e pensionista do INSS poderão sacar, a partir desta sexta-feira, dia 25, as antecipações da primeira parcela do 13º salário, com prazo até 8 de setembro para pegar esse dinheiro.
De acordo com a Previdência Social, mais de 29,2 milhões de beneficiários receberão a primeira parcela do abono anual, que corresponde a 50% do valor do 13º e representa uma injeção extra na economia de pelo menos R$ 19,8 bilhões nos meses de agosto e setembro.
Para aqueles que ganham até um salário mínimo (R$ 937), os pagamentos serão realizados entre os dias 25 de agosto e 8 de setembro, já os que ganham acima desse valor, o pagamento começará entre os dias 1º e 8 de setembro.Não haverá desconto de Imposto de Renda nesta primeira parcela.
Os aposentados e pensionistas, em sua maioria, receberão 50% do valor do benefício, com exceção dos que passaram a receber o benefício depois de janeiro que, nesse caso, o valor terá seu calculo proporcional.
Ainda, os segurados que estão em auxílio-doença também recebem uma parcela menor que os 50%, pois, como esse benefício é temporário, o INSS calcula a antecipação proporcional ao período, portanto, metade desse valor. Caso, em dezembro, ainda esteja afastado, o segurado irá receber o restante. Se tiver alta antes, o valor será calculado até o mês em que o benefício vigorar e acrescido ao último pagamento do benefício.
João Badari, advogado de direito previdenciário, analisa que a segunda parcela será a diferença entre o valor total do abono anual e o valor da parcela antecipada, e essa será paga juntamente com os benefícios relativos ao mês de novembro.
Os segurados que não têm direito ao 13º salário são os que recebem os seguintes benefícios: Amparo previdenciário do trabalhador rural; Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social (BPC/LOAS) e Renda Mensal Vitalícia (RMV); amparo assistencial ao idoso e ao deficiente; auxílio-suplementar por acidente de trabalho; pensão mensal vitalícia; abono de permanência em serviço e salário-família.
O advogado ainda diz que poderá haver uma diferença de valor entre a primeira e segunda parcelas da gratificação, já que as deduções relativas ao Imposto de Renda são realizadas apenas na segunda parcela, no entanto, somente para os benefícios tributáveis.
Dicas sobre a aplicação desse recurso
Com esse dinheiro em mãos, muitos acabam não sabendo o que fazer, por isso, com o intuito de dar orientações sobre as melhores aplicações desse recurso, Reinaldo Domingos, presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), traz algumas dicas.
“Quem pensa em usar o valor para quitar dívidas, deve antes analisar a sua situação financeira. Se não estiver conseguindo honrar seus compromissos com sua renda mensal, você está em desequilíbrio financeiro. É preciso, dessa forma, traçar um planejamento, para que assim possa sair dessa situação de maneira definitiva.”, diz Domingos.
Confira com maiores detalhes:
- Endividamento ou inadimplência: É preciso conhecer seus ganhos e gastos e, assim, elencar todas as dívidas. Com isso, poderá estabelecer prioridades no pagamento. Pague o que for suficiente, caso contrário, poupe o valor e procure pagar uma quantia mensal ou mesmo renegociar a dívida, com parcelas que caibam no seu bolso.
- Equilíbrio financeiro: Cuidado! Muitos que se encontra sem dívidas acabam por gastar os recursos sem a realização de uma reserva, entretanto, imprevistos podem acontecer. “É preciso desenvolver o hábito de poupar, tanto a primeira parcela do 13º quanto uma quantia mensal. Indo na direção oposta ao consumismo exacerbado, você pode conquistar seus sonhos de curto, médio e até aqueles de longo prazos.”, orienta o especialista.
- Investimentos: Para os que já são empreendedores, o conselho é usar parte desse valor em seus investimentos, além de direcionar a outra parcela para a realização de um novo sonho. “Todo dinheiro poupado precisa ter objetivos claros e correspondentes, como uma reserva para emergências, por exemplo, ou uma viagem dos sonhos, até mesmo a tão esperada reforma da casa.”, explica Domingos. O valor poupado deve ser investido de acordo com o prazo do sonho. Para os de curto prazo, a poupança é bastante indicada. Para os de médio prazo, CDB, LCI e LCA são interessantes, segundo Domingos. Já para os sonhos de longo prazo, é válido considerar títulos do tesouro e até mesmo a previdência privada.
Fonte: Assessoria de Imprensa (DSOP Educação Financeira)/O Sul
Foto: Rede GPN/Sindicato Nacional dos Aposentados/Contec/Finanças Forever
