A Lei Áurea foi revogada por 231 deputados

A Lei Áurea foi revogada por 231 deputados: a escravidão foi reinstalada no Brasil

Quando eu era jovem (nem faz muito tempo assim, meus detratores!) lembro que para gozar um negro que se destacasse em alguma atividade, era corriqueira a piada de mau gosto e racista, de que a “Lei Áurea fora escrita a lápis”. Que o cidadão então, ficasse esperto!

Pois bem, essa semana o sempre atento amigo José Marcos Vieira me enviou um post reproduzindo um blog de jornalismo de verdade, abordando mas uma insanidade cometida pelos deputados federais contra os trabalhadores do país, praticamente, a morte da CLT.

Não satisfeito; no dia seguinte o Zé Marcos enviou um artigo publicado não na imprensa alternativa, mas, num jornalão da Mídia Comercial, a poderosa Folha de São Paulo. Em seguida, os nomes dos 20 deputados federais pelo estado do Rio de Janeiro, ajudaram a “apagar” a Lei Áurea. Segue o artigo editorial da Folha:

“Nunca na história da República o Congresso Nacional votou uma lei tão contrária aos interesses da maioria do povo brasileiro de forma tão sorrateira. A terceirização irrestrita aprovada nesta semana cria uma situação geral de achatamento dos salários e intensificação dos regimes de trabalho, isto em um horizonte no qual, apenas neste ano, 3,6 milhões de pessoas voltarão à pobreza.

Estudos sobre o mercado de trabalho demonstram como trabalhadores terceirizados ganham, em média, 24% menos do que trabalhadores formais, mesmo trabalhando, em média, três horas a mais do que os últimos. Este é o mundo que os políticos brasileiros desejam a seus eleitores.

Nenhum deputado, ao fazer campanha pela sua própria eleição em 2014, defendeu reforma parecida. Ninguém prometeu a seus eleitores que os levariam ao paraíso da flexibilização absoluta, onde as empresas poderão usar trabalhadores de forma sazonal, sem nenhuma obrigatoriedade de contratação por até 180 dias. Ou seja, esta lei é um puro e simples estelionato eleitoral feito só em condições de sociedade autoritária como a brasileira atual.

Da lei aprovada nesta semana desaparece até mesmo a obrigação da empresa contratante de trabalho terceirizado fiscalizar se a contratada está cumprindo obrigações trabalhistas e previdenciárias. Em um país no qual explodem casos de trabalho escravo, este é um convite aberto à intensificação da espoliação e à insegurança econômica.

Ao menos, ninguém pode dizer que não entendeu a lógica da ação. Em uma situação na qual a economia brasileira está em queda livre, retirar direitos trabalhistas e diminuir os salários é usar a crise como chantagem para fortalecer o patronato e seu processo de acumulação. Isto não tem nada a ver com ações que visem o crescimento da economia. Como é possível uma economia crescer se a população está a empobrecer e a limitar seu consumo?

Na verdade, a função desta lei é acabar com a sociedade do emprego. Um fim do emprego feito não por meio do fortalecimento de laços associativos de trabalhadores detentores de sua própria produção, objetivo maior dos que procuram uma sociedade emancipada. Um fim do emprego por meio da precarização absoluta dos trabalhos em um ambiente no qual não há mais garantias estatais de defesa mínima das condições de vida. O Brasil será um país no qual ninguém conseguirá se aposentar integralmente, ninguém será contratado, ninguém irá tirar férias. O engraçado é lembrar que a isto alguns chamam “modernização”.

De fato, há sempre aqueles dispostos à velha identificação com o agressor. Sempre há uma claque a aplaudir as decisões mais absurdas, ainda mais quando falamos de uma parcela da classe média que agora flerta abertamente com o fascismo. Eles dirão que a flexibilização irrestrita aumentará a competitividade, que as pessoas precisarão ser realmente boas no que fazem, que os inovadores e competentes terão seu lugar ao sol. Em suma, que tudo ficará lindo se deixarmos livre a divina mão invisível do mercado.

O detalhe é que, no mundo dessas sumidades, não existe monopólio, não existe cartel, não existem empresas que constroem monopólios para depois te fazer consumir carne adulterada e cerveja de milho, não existe concentração de renda, rentismo, pessoas que nunca precisarão de fato trabalhar por saberem que receberão herança e patrimônio, aumento da desigualdade. Ou seja, o mundo destas pessoas é uma peça de ficção sem nenhuma relação com a realidade.

Mas nada seria possível se setores da imprensa não tivessem, de vez, abandonado toda idéia elementar de jornalismo.

Por exemplo, na semana passada o Brasil foi sacudido por enormes manifestações contra a reforma da previdência. Em qualquer país do mundo, não haveria veículo de mídia, por mais conservador que fosse, a não dar destaque a centenas de milhares de pessoas nas ruas contra o governo. A não ser no Brasil, onde não foram poucos os jornais e televisões que simplesmente agiram como se nada, absolutamente nada, houvesse acontecido. No que eles repetem uma prática de que se serviram nos idos de 1984, quando escondiam as mobilizações populares por Diretas Já!. O que é uma forma muito clara de demonstrar claramente de que lado sempre estiveram. Certamente, não estão do lado do jornalismo”.

Os 20 traíras eleitos pelo Estado do Rio, que aprovaram o massacre do trabalhador. Ano que vem tem eleição. Não esqueçam deles”

Arolde de Oliveira (PSC), Celso Jacob (PMDB) abstenção, Ezequiel Teixeira (PTN), Felipe Bornier (PROS), Jair Bolsonaro (PSC) abstenção, Julio Lopes (PP), Laura Carneiro (PMDB), Marco Antonio Cabral (PMDB), Marcos Soares (DEM), Otávio Leite (PSDB), Paulo Feijó (PR), Pedro Paulo (PMDB), Roberto Sales (PRB), Rodrigo Maia (DEM), Sérgio Zveiter (PMDB), Simão Sessim (PP), Soraia Santos (PMDB), Walney Rocha (PEN), Wilson Beserra (PMDB) e Zé Agusto Nalin (PMDB).

TRIPA
* Na próxima quinta-feira, dia 30, o grupo Folclórico ‘Pedra Sonora’ estará apresentando ao público no Teatro Monumental da AMAN, com entrada franca, a sua brilhante criação, “A lenda da Pedra Sonora”. Serão duas sessões: 10 horas e 20 horas. O espetáculo, como é definido pelo próprio grupo, é “uma viagem multicultural pela história da nossa região, através de muita música, dança, poesia e brasilidade!” Eu já assisti uma ‘avant premiere’ do espetáculo e posso garantir que é uma obra belíssima, de um simbolismo e uma criatividade digna de ser aplaudida e reverenciada. Repetindo, o espetáculo é gratuito e destinado preferencialmente aos estudantes do ensino médio de Resende e Itatiaia. Mas também estão sendo distribuídos ingressos pelos integrantes do próprio Pedra Sonora e também na Parada do Milho e no Bartho Cervejas Especiais.

* Se o ‘Pedra Sonora’ é motivo de orgulho como produção de artistas da nossa região, o espetáculo de prosa, poesia e música “Vinícius de Moraes é…demais” que já ostenta essa bandeira há mais de 20 anos, não faz por menos. Depois das rodas de muito sucesso lotando a Pizzaria Artezian e o Bar Atlântico, André Whately, Thiago Zaidan e Cláudia Martins trazem de volta ao público esse musical, poético, divertido e emocionante para uma rodada de duas apresentações na cidade de Resende: na próxima sexta-feira dia 31, às 21 horas no simpático restaurante ‘Uai, Su!”, que fica na Vila Julieta (reservas pelo tel. 3354-5758 e 98170-7074); e no dia no dia 6 de abril no Borbulha. É show pra mais de metro está semana.

* O Centro Cultural Visconde de Mauá e o Espaço Mboray promovem no dia 02 (domingo) de abril, das 15:00 às 17:00 ”Oficina de Danças Brasileiras Afro-Ameríndias” com Juliana Manhães (Doutora em Artes Cênicas, dançarina, professora e pesquisadora). As inscrições custam R$ 50,00 e podem ser feitas pelo telefone (WhatsApp) 24 – 99948-5181, ou pelo email: maua.centrocultural@gmail.com A oficina acontecerá no Centro Cultural Visconde de Mauá, Ainda há vagas! Mais uma iniciativa da inesgotável, Márcia Patrocínio.

* Quero acalmar meu amigo ‘Carlinhos Botafogo’ e dizer que a derrota para o Flu nessa quinta-feira, faz parte do ‘script’. Campeonato carioca não é a nossa praia, o time entrou em campo para treinar. Essa disputa nós deixamos para a dupla Fla-Flu que necessitam, sempre, de auto- afirmação. Nosso objetivo é internacional. Não cabemos nesse campeonato caricato. Nossa torcida é mais exigente. E foi mais um treino para o Roger colocar as unhas de fora, agora que o Sassá está de volta. Fazendo sombra. Rumo a Dubai, Carlinhos. (ou se Abu Dhabi?). Beijo, Jurema Botafogo!!! Tamo junto!
ANIVERSÁRIOS
Dia 19 mudou de idade o Zé Mário Pena. No dia 20 inauguraram idade nova o meu amigo Diogo Senna, o Paulo Fontanezzi, a esfuziante Bianca Gama Pena, o Vinícius Oliveira, o grande Danilo Fonseca e o Agnaldo Fumo. Dia 21, foi a vez do radialista Adriano Amâncio, ficar mais experiente. Dia 22, sopraram velinhas a Letícia Diniz e a Ana Paula Garcia. Dia 23 receberam os ‘parabéns’ a Roberta Dias, a Sirleia Siqueira e o Erik Nicolay. E nesse dia 24 a Juliana Almeida, comemorou mais um ano de vida. Parabéns e todas as felicidades do mundo a eles.

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