A idade vai chegando e não tem como negar

A idade vai chegando e não tem como negar. Envelhecer é privilégio de quem vive. Sendo assim, fica cada vez mais urgente cuidar da saúde.

Antigamente parecia mais fácil, pois não se comia tanto na rua e nem tínhamos acesso a tanta bobagem. Refrigerante era consumido aos domingos, um litro que tinha que dar para toda família. Comíamos fruta do pé, sem lavar, apenas esfregadas na roupa já suja de poeira de quintal. Ficávamos doentes, sim, mas nos recuperávamos com uma excelência de dar gosto.

Enfim, de tanto comer mal, de ter os piores hábitos alimentares possíveis e com isso observar os prejuízos sendo acumulados sem economia, resolvi procurar uma nutricionista.

No momento em que resolvi procurar já iniciei a dieta. Já comecei a me policiar, pois iria ter que dizer para ela tudo de errado que faço. Mais ou menos como uma confissão para a autoridade da igreja. Quando se aproxima esse momento, a gente pega leve nos pecados. Foi então que me dei conta de que ia passar uma vergonha daquelas.

Por sorte, a nutricionista é uma pessoa doce e suave, mas forte e determinada o suficiente para não ser condescendente comigo e dizer o que precisa ser dito, sem se preocupar em cultivar uma amizade. Mesmo porque isso já existe entre nós. Ela tratou de ser profissional e nisso foi maravilhosa.

Resultado: uma dieta com mudança radical de hábitos. Nada daqueles modismos que inserem nas prescrições o queijo feito com o leite de cabra parida do Monte Sinai com geleia de cassis colhidas nas calancas do balneário de  Cassis, no sul da França.  Ou que manda você comer de três em três horas uma folha de pitangueira embebida em água benta. Nada disso: uma dieta em que se come alimento funcional com alto poder nutricional e corte radical de gorduras que envenenam e essas delícias que saboreamos por meio segundo na boca e que se depositam por dez anos na barriga.

Enfim, dei esse passo importante para que minha velhice aconteça da melhor maneira possível. Há quem diga que isso não é vida. É sim. Existe muita coisa gostosa para se comer sem que se  agrida o corpo e a saúde. E as pessoas que comem mal como eu comia sabem bem o que estão fazendo. O que não existe é a coragem ou a boa vontade ou mesmo o conhecimento suficiente dos malefícios para a mudança.

Eu digo que não há vida quando se desperdiça saúde e se engana por um falso prazer. O que á é um apelo à brevidade da vida, há um atentado despudorado à saúde. E se há desejo de viver bem e feliz, que sejamos responsáveis, que façamos isso por nós e por nossa vida.

Força e fé. Para mim e para todos vocês! A mudança começa em nós. O mundo muda em consequência.

Ângela Alhanati
contato@angelaalhanati.com.br
Livre pensadora exercendo seu direito à reflexão

Você pode gostar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O limite de tempo está esgotado. Recarregue CAPTCHA.