O bafão da semana

O bafão da semana ficou por conta do “affair olímpico” ocorrido entre o corredor jamaicano Usain Bolt e a estudante brasileira Jady Duarte, de 20 anos.

Todo mundo ficou sabendo que ele foi a uma boate. A moça não o reconheceu, mas depois de observar a tietagem de outras pessoas achou que podia ser alguém famoso e era (?). Ai, ela investiu. Contou um caso todo floreado para dar a notícia de que rolou uma noite tórrida entre eles. Ela não fala inglês e ele não fala português, mas quem é que tem dificuldade em se comunicar quando o propósito e o desejo estão mais explícitos do que banner de político em tempos eleitorais?

O que me causa espanto é que ela só se aproximou porque ele estava em evidência. Deu um jeito de deixar claro que estava à disposição, sem se importar com as limitações da comunicação pela ausência de conhecimento ou domínio do idioma do sujeito alvo. Não se importou de pegar um taxi com um total desconhecido e ir parar em uma hospedagem que não pertencia ao moço em questão. Também não fez questão de guardar segredo, postando foto nas redes sociais e dando entrevistas para as revistas de fofoca internacionais. Em bom português: jogou tudo no ventilador.

Oras, as pessoas precisam ser mais elegantes quando o assunto é um relacionamento íntimo. Homem ou mulher, não importa: o que rola entre quatro paredes (ou a céu aberto, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê, sei lá) que fique com os envolvidos. Não é nada refinado sair por aí dando detalhes daquilo que aconteceu no espaço privado do encontro entre duas pessoas.

E se ele não fosse famoso? Ela se interessou por ele ou pelo o que poderia resultar desse encontro? Bem, eu mesma nunca tinha ouvido falar dele até as olimpíadas, confesso minha ignorância. Talvez por não me interessar pelo esporte que ele pratica ou mesmo por entender que a fama pode ser tão efêmera quanto relativa.

Como se observa, a moça conseguiu seus quinze minutos de celebridade (?). Se foi bom para ela os quarenta minutos de sexo que diz ter acontecido, não sei e tenho minhas dúvidas. Nessa idade eu duvido que ela saiba o que é qualidade. A exposição sim. Ela deve ter adorado contar sobre as manobras sexuais em uma cama de solteiro com um parceiro de 1,95m, as particularidades anatômicas do atleta que não foram mostradas ou veiculadas na mídia, sobre o uso de tradutor de celular para a comunicação.

E para Bolt? Será que gostou? Se arrependeu? Foi bom? A namorada dele vai saber? O que ele deve estar pensando dessa exposição toda?

Ele continuará Bolt, dono de 3 medalhas de ouro na Rio-2016. E ela? Qual é o nome da moça mesmo?

Ângela Alhanati
contato@angelaalhanati.com.br
Livre pensadora exercendo seu direito à reflexão

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