Feiras Literárias

Começa hoje, dia 05 de maio, na Vila Histórica de Mambucaba a primeira feira de literatura promovida por um grupo de moradores que gostam de cultura.

Grande iniciativa! Quantas feiras literárias estão sendo promovidas pelo país? De repente, tenho notícias de várias e isso me deixa muito feliz. A exemplo da que acontece em Paraty no início de julho, durante o ano muitas são realizadas e aqui mesmo em Resende já vamos para a terceira agora em junho.

O Brasil não é um país de leitores, se comparado a outros tantos. Entretanto, estamos caminhando em uma doutrinação para esse tipo de atividade.

Uma feira de literatura não é apenas um lugar para se comprar livros com descontos, mas estar em contato com autores, ouvir palestras sobre o processo criativo da escrita, participar de mesas redondas sobre livros e seus autores, sobre temas e as reverberações na sociedade ou mesmo como as sociedades são transportadas para as narrativas literárias. Também encontramos shows artísticos com música, mímica, teatro, etc. Um festival, uma festa de letras e imaginação.

Nessa primeira feira literária da Vila Histórica de Mambucaba vou participar com uma palestra sobre o processo criativo da escrita e uma outra onde vou falar sobre o canal que mantenho no Youtube chamado Ao sol, no quintal que tem como tema principal a literatura. Estou indo animada, mas sei que vou encontrar muita dificuldade. Dinheiro, nenhum. Patrocínio, zero. Boa vontade, mil! Homens e mulheres de boa vontade têm se esforçado para que esse evento aconteça e é louvável essa atitude. São noites e noites sem dormir, muitas reuniões, muitas decepções, muitas garrafas de café, telefonemas, coisinhas pequenas e coisas enormes para resolver. Todos querem que dê certo e eu digo que já deu porque vai acontecer, seja lá d que forma for.

Dificilmente se encontra um leitor até mesmo dentro de escolas. Eu mesma, professora, encontrei poucos colegas de trabalho que se abandonavam em livros. Sempre havia a desculpa das muitas provas para corrigir, muitas aulas para dar, muita coisa para fazer. O fato é que não interessa o volume, mas que se pratique a leitura.

Inegavelmente quem lê mais escreve melhor e tem um melhor vocabulário. Difícil mesmo é criar o hábito. O cultivo necessita da persistência e da dedicação. Como todo cultivo, o hábito da leitura é um dos mais frutíferos e prazeroso!

Ângela Alhanati
contato@angelaalhanati.com.br
Livre pensadora exercendo seu direito à reflexão

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