IFRJ discute Direitos Humanos em Resende

O pólo de Resende do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) realiza a partir desta segunda-feira, dia 13, a 10º Mostra Cinema e Direitos Humanos no Mundo, em sua sede, no antigo Gssan. O evento vai até a próxima quarta-feira, dia 15, e tem entrada gratuita, mas o instituto vai  recolher agasalhos de quem puder levar para encaminhar para pessoas carentes.

– O evento é feito para comemorar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, feita pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, tanto para consolidar a cultura dos direitos humanos como para promover a reflexão sobre se estes direitos estão sendo respeitados – explicou a professora de Sociologia do Instituto, Flávia Vidal Magalhães.

A princípio, o evento era promovido pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos em  parceria com o Ministério da Cultura, ambos extintos pelo presidente interino Michel Temer (PMDB), embora ele tenha voltado atrás e retomado o Ministério da Cultura. Ainda assim, a extinção da secretaria e special faz com que as  entidades que organizam o evento se preocupem ainda mais com a discussão sobre estes temas.

– Agora mais do que nunca fazer estes temas estarem presentes vai ser nova tarefa, porque são certas minorias que deixam de ser representadas nesses ministérios. Ao mesmo tempo, o país, continua com alto índice de violência doméstica, com o genocídio da população negra e a violação frequente dos direitos humanos que não pode ser esquecida – alertou a professora.

Ela explicou que, até esta edição, o Governo Federal disponibilizava um kit de filmes sobre direitos humanos e que cada unidade deve selecionar alguns deles para que façam parte de suas mostras, além de organizar palestras e discussões.

– Tem as mostras nas capitais e, para descentralizar, há mil pólos de difusão no Brasil inteiro, como os IFs e os Cineclubes. Nós nos inscrevíamos e poderíamos ser contemplados com o kit para fazer a mostra. Cada um escolhe os filmes que quer e monta a programação. Aqui vamos fazer em três dias. Escolhemos os temas que julgávamos importantes e os palestrantes a que tínhamos acesso, porque eles disponibilizam os filmes, mas não o dinheiro para fazer o evento. Também conseguimos parceria com alunos para fazer as apresentações culturais – detalhou.

No primeiro dia, 13, às 18h, o filme apresentado será “500 – os bebês roubados pela ditadura argentina”, e o debate será mediado por Marcos Gandra, da Unifoa, e Tiago Monteiro, da UFRJ. O encerramento será uma apresentação musical com Ive Seixas. No dia 14, às 15h, será oferecida uma oficina de introdução a Libras; os filmes “Abraço da Maré” e “Out of sight”; discussão com Fábio Santos, do Ines, e Emerson Nascimento, do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Resende; e apresentação musical de Los Pavesinos. O último dia, 15, começa às 18h com os filmes “O Muro é o Meio” e “Do meu lado”; debate com Pâmella Passos e João Carlos Filho, ambos do IFRJ; e apresentação da Escola de Capoeira Angola Caroço de Dendê.

– Não é exigência para entrar, mas quem quiser pode trazer agasalho, que nós vamos encaminhar para os órgãos necessários para fazerem a distribuição. Esperamos que esse evento seja outro sucesso. O cineclube anterior foi muito bom, recebemos professores do estado e de faculdades, que trouxeram até suas turmas, e queremos repetir o sucesso do primeiro – animou-se Flávia Magalhães.

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