Conselho de saúde apura morte suspeita de H1N1 na Apmir

O Conselho Municipal de Saúde de Resende passou a investigar na manhã desta quarta-feira, dia 4, a morte de uma servidora municipal com suspeita de H1N1. A mulher, de 27 anos, deu entrada no hospital em trabalho de parto, na tarde da segunda-feira, dia 2, na Associação de Proteção a Maternidade e Infância de Resende (Apmir), e morreu após dar a luz. O bebê, um menino, passa bem e já teve alta do hospital nesta quarta-feira.

O caso teve repercussão nas redes sociais porque amigos da servidora apontavam que ela não deveria ter sido submetida a um parto normal, por estar gripada e com os pulmões enfraquecidos, e por alguns parentes que acusavam o hospital de negligência. Algumas pessoas mencionaram uma injeção que a mulher teria tomado após o parto e levantaram a suspeita de que o medicamento pudesse ter provocado alguma reação alérgica.

As conselheiras que integram a Rede Cegonha, Rosi Almeida e Maria Elena Rabelo relataram que, segundo informações prestadas por funcionários da Apmir, o parto normal foi realizado porque a mulher já chegou ao hospital em trabalho de parto.

— Ela teria sentido os sintomas da gripe na sexta-feira e no domingo recebeu o medicamento Tamiflu. Tomou o medicamento no local e levou o outro para tomar em casa. Voltou na segunda-feira em trabalho de parto, com o bebê coroando, encaixadinho para nascer. A criança já havia nascido quando a oxigenação estava em 95%, mas depois caiu para 65% e chamaram o Samu para levá-la ao Hospital de Emergência. Mas parece que quando o Samu chegou ela já estava morta, foi isso que nos explicaram – relataram as conselheiras.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Brito Pereira, declarou que foi enviado material da servidora para exame para constatar se trata-se de mais um caso de H1N1.

“É uma gestante que deu à luz por parto normal e nos pós-parto começou a apresentar falta de ar intensa que evoluiu para grave insuficiência respiratória e óbito. É um caso suspeito (de H1N1) e foi enviado material para exame”, disse o secretário.

A presidente da Apmir, Theodora Lopes da Silva, a Dora, também confirmou que a paciente deu entrada com gripe, mas disse que por não ser médica faria contato com os responsáveis pelo atendimento para dar mais informações e não retornou mais.

— Há cinco anos estou aqui e este é o primeiro óbito. A família tem todo o direito de questionar e ficar magoada, mas estas queixas me surpreendem. Ela é uma suposta vítima de H1N1, mas o bebê passa bem, está normal. Como não sou médica, prefiro que a explicação seja dada pelos médicos que a atenderam, que devem estar de plantão na próxima semana. Vou fazer contato com eles, para que eles relatem melhor o que aconteceu – resumiu Dora.

Além do encontro com funcionárias do hospital, as conselheiras de saúde da Rede Cegonha já marcaram novas reuniões com o diretor do hospital e vão tentar falar com os médicos que atenderam a servidora que morreu.

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