Posto lotado contra a H1N1

vacinacaoO posto de saúde do estado, no Centro de Resende, amanheceu lotado de resendenses em busca da vacina que combate a gripe H1N1 nesta terça-feira, dia 19, primeiro dia da campanha de vacinação deste ano. O posto é uma das 32 salas de vacinação espalhadas pelo município que também oferecem a vacina de hoje até o dia 20 de maio. A vacinação foi antecipada na cidade depois de três mortes em decorrência da doença terem sido registrados em Resende. Em alguns municípios do Sul do Rio de Janeiro, a vacinação começou na segunda-feira, dia 18.

Sônia Paiva foi bem cedo com o marido e o neto para se proteger.

– A gente já sabia que a vacina ia começar hoje e viemos com meu netinho. Ele fica com a gente na parte da manhã. Aí nós vacinamos e a agente de saúde conversou conosco, deu orientação, tudo certo – relatou Sônia Paiva.

Selma Aparecida de Oliveira Bastos também foi ao posto com o neto.

– Eu tinha marcado e já tomei, agora estou na fila porque ele que vai tomar, porque tem um ano e dois meses. O bebê ainda não tem imunidade e a gente vai perdendo a nossa, então tem que tomar – avaliou Selma Bastos.

Cristiane Fernandes estava na fila com a filha e era uma das próximas a serem chamadas.

– Cheguei umas dez para as oito, esperei um pouquinho. Fiquei sabendo pela televisão e com certeza acho importante se proteger. Se tivesse para mim eu tomaria também – comentou Cristiane Fernandes.

No posto do estado, a população chega e apresenta a documentação necessária para comprovar que está no grupo de risco, além da carteira de vacinação. Os idosos apresentam sua identidade e os portadores de doenças crônicas apresentam uma prescrição médica para a vacina e são encaminhados para uma sala. Uma segunda sala está vacinando gestantes e crianças menores que cinco anos.

– A gente recebeu capacitação da Secretaria Estadual de Saúde e a partir daí montou a estratégia municipal. A princípio a campanha nacional de vacinação começaria no dia 7 de maio, mas como o vírus estava circulando passaram para 30 de abril já no início do ano. Mas devido aos óbitos em nossa região, que deixaram a população preocupada, alarmada, foi antecipada para hoje. No ano passado foi um movimento normal, de rotina, mas essa situação assustou todo mundo e hoje bem cedo já tinha gente aqui – relembrou a coordenadora do programa de imunização de Resende, Dalva Regina Lomeu de Almeida.

No entanto, ela lembrou que as vacinas não são recebidas do Ministério da Saúde todas de uma vez e que, além de ser uma quantidade restrita, elas são entregues em seis lotes. Os dois primeiros lotes, que totalizam 12 mil vacinas juntos, já foram entregues, mas a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro ainda não informou quando encaminhará os próximos quatro lotes.

– Essas duas primeiras cotas representam 40% do que vamos receber. As vacinas estão sendo fabricadas e precisam passar pelo controle de qualidade e isso é para o Brasil inteiro, então não adianta se desesperar e vir todo mundo de uma só vez. E essas vacinas que recebemos são para abastecer as 32 salas de vacinação do município, então elas foram divididas entre as unidades, não é tudo nesse posto aqui. Mas como também somos responsáveis pela distribuição, optamos por fazer nosso atendimento de rotina só na parte da manhã, até o mês de maio, para que tenhamos as tardes livres para cuidar de tudo o que for referente à Influenza – explicou a coordenadora do programa de imunização.

A campanha tem como meta vacinar 24.206 pessoas, que seriam 80% de todos considerados grupos de risco: crianças de até cinco anos, trabalhadores de Saúde, gestantes, mulheres que deram à luz a até 45 dias, idosos, portadores de doenças crônicas, indígenas, e trabalhadores do sistema penal. Quem está com febre média ou alta deve aguardar alguns dias para se vacinar. A vacina também não é indicada para pessoas alérgicas à proteína do ovo. As reações, em alguns casos, são dores ou endurecimento da pele na área da vacina, mas os efeitos passam em dois dias. A vantagem, além de ficar protegido, é que segundo algumas pessoas, a vacina não doi nada.

– Não doeu nada, nada. Tenho artrose crônica, hipertensão, má circulação. Tomava a vacina todo ano, mas nos últimos dois anos eu vinha aqui e não achava e acabei não tomando. Mas a gente tem que se prevenir, fazer nossa parte, se não depois a gente não tem o direito de reclamar – disse Maria Rosária, logo após tomar a vacina.

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