Casos de H1N1 confirmados em Resende

O secretário municipal de Saúde Daniel Pereira Brito confirmou na tarde desta quinta-feira, dia 7, que Resende tem dois casos confirmados de morte por gripe H1N1 e mais 11 sob investigação. As notícias sobre casos suspeitos levaram os resendenses às redes sociais, mais cedo, para discutir e tirar dúvidas sobre o combate ao vírus, dando início a uma campanha de prevenção. Também pelas redes sociais, o conselho municipal está orientando os munícipes a evitarem os hospitais, se possível. No Hospital de Emergência, foram disponibilizadas máscaras aos funcionários e conselheiros estão motivando as perguntas sobre o tema, que podem ser respondidades pelo próprio secretário municipal de Saúde, Daniel Brito. O Ministério da Saúde está enviando vacinas para iniciar uma campanha de imunização de grupos de risco a partir do dia 30, mas Brito afirmou que está tentando antecipar a campanha em Resende.

Um dos casos confirmados foi o da ex-conselheira de saúde Zulmira Chaves de Campos, de 48 anos, no dia 4. Em seu atestado de óbito, uma das causas mortis é descrita como “pneumonia grave”. Além das informações prestadas pelo secretário, o BEIRA-RIO apurou que, nesta semana, aos menos outras cinco pessoas na cidade, todos próximos dos 80 anos, tiveram pneumonia descrita como uma de suas causas mortis.

Nas redes sociais, a orientação é a prevenção. Em caso de suspeita da doença, os postos de saúde devem ser procurados imediatamente e caso o exame dê positivo está sendo aconselhado uso de máscaras. Para evitar contaminação, as mãos devem ser bem lavadas com água e sabão e, quando não for possível, deve-se ao menos utilizar o álcool gel. Além disso, espaços com grandes aglomerações de pessoas devem ser evitados, além de orientar as crianças a não levar a mão à boca e aos olhos sem higiene. O paciente deve estar sempre muito bem hidratado, tomando de dois a três litros de água por dia, mas não deve tomar nenhum medicamento antes de ser consultado para evitar que o médico confunda o diagnóstico.

Entre as orientações, um quadro compara (foto) os sintomas de uma gripe convencional com a causada pelo vírus H1N1, como temperatura da febre, características da tosse e outros sintomas.

– O vírus influenza H1N1 já circula em todo o Brasil há tempos e com momentos de maior incidência devido a fatores ambientais como, por exemplo, o clima frio. Devido a isso, a campanha de imunização é deflagrada próximo a esses períodos. Certamente, em algum momento, tivemos um contato com o vírus que passou como um simples resfriado ou gripe. As pessoas que possuem doenças crônicas ou têm alguma condição que prejudique o seu sistema imunológico, poderão ter esse quadro agravado e são essas pessoas com risco maior de morte. Anteontem, ocorreu um óbito no CTI do hospital de emergência em uma paciente que já era extremamente debilitada e que contraiu a doença. Essa é uma condição que não é a regra na população e, dada a expressiva disseminação do vírus, possui, até, um índice de mortalidade baixo se comparada a muitas doenças que circulam no nosso cotidiano.  Nesse momento precisamos nos precaver com medidas, basicamente, voltados para a higiene pessoal – declarou o secretário Daniel Brito, através da rede social.