Novo comandante diz que pode implantar grupos armados com fuzil em comunidades de Resende

O tenente-coronel Paulo Roberto Neves Junior, que assumiu o comando do 37º Batalhão de Polícia Militar (BPM) na manhã desta sexta-feira, dia 8, prometeu policiamento ostensivo nas quatro cidades cobertas por seu batalhão, Resende, Itatiaia, Porto Real e Quatis. Ele disse ainda que pode implantar ações com grupos armados portando fuzil nas comunidades. O comandante anterior, o tenente-coronel Wagner Cristiano Moretsohn, segue agora para o 10º BPM, em Barra do Piraí.

— Já conheço alguns lugares por já ter passado por aqui e o Moretsohn me deu algumas informações. Sou intransigente com algumas ações relacionadas a tráfico. Ocupei a região mais perigosa de Angra dos Reis, a Sapinhatuba, e implantei o Gate lá. Esse é um grupo armado com fuzil pronto para ações nas comunidades e não descarto fazer o mesmo aqui. Sempre que comandei fui assim. Nosso papel é fazer policiamento ostensivo, porque alguns delitos deixam de serem cometidos pelo fato de a viatura ter passado na hora. Não posso usar a desculpa de falta de efetivo e viatura para deixar de fazer meu trabalho, mesmo deixando claras as dificuldades, tenho que dar conta com o que tenho – frisou o novo comandante.

Paulo Roberto Junior é campeão de tiro e mestre atirador e teve sua primeira experiência à frente de um batalhão em Resende, entre os anos de 2010 e 2011. Ele acredita que é importante reavaliar os municípios após tantos anos e que para combater as drogas é necessário atuar também com os usuários.

— Comandei essa região entre 2010 e 2011 e estou retornando agora. A gente sabe que nesse tempo que passou a região cresceu, aumentou a criminalidade e estou tentando fazer um trabalho respeitando isso, verificando os índices de criminalidade atuais. Um grande problema relacionado ao tráfico são as pessoas que compram as drogas. A Justiça diz que não posso prender, mas conduzir à delegacia e fazer termo circunstanciado, então vou fazer isso. É preciso “fichar” essas pessoas – acrescentou.

Ele também avaliou como importantes a confiança e a participação popular.

— Da mesma forma que a Polícia tem seus mecanismos de repressão ao crime os bandidos têm seus mecanismos de repressão à Polícia, então preciso conhecer, conversar com as pessoas, os moradores. A Polícia não trabalha sem a população, então tenho que passar confiança para as pessoas para que elas confiem no trabalho da Polícia e denunciem, pois quem conhece os problemas são os moradores – avaliou.

Em sua despedida, o tenente-coronel Wagner Moretsohn recebeu uma placa de homenagem da Secretaria Municipal de Ordem Pública e se emocionou ao falar dos policiais com os quais trabalhou durante o ano em que ficou à frente do Batalhão das Agulhas Negras.

— Conseguimos a diminuição das incidências de quase todos os delitos segundo o monitoramento do Instituto de Segurança Pública (ISP) em relação ao ano imediatamente anterior. Por isso agradeço às autoridades, magistrados e não posso esquecer de meus oficiais, meus valorosos assessores e amigos que fiz. Por causa dos senhores, não conheci a solidão do comando – disse o ex-comandante do 37º BPM.

Além dos oficiais do batalhão e do comandante do 5º CPA, Igor Magalhães, participaram da cerimônia o deputado federal Alexandre Serfiotis (PSD); superintendente municipal de Ordem Pública de Resende Ney Arataú da Silveira; secretário municipal de Serviços Públicos de Resende Marcial Corrêa; juiz da 2ª Vara Hindenburg Brasil; juiz da 1ª vara Marvin Ramos; e delegado da 89ª DP, Marcelo Nunes.

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