Família segue sem resposta sobre paradeiro de jovem desaparecido em Resende

Desde o dia 19 de dezembro do ano passado, a vida da família do estudante de Veterinária e modelo Gustavo de Souza Macedo, de 21 anos, virou um pesadelo. Tudo isso depois que o jovem, que se encontrava acampando com uma amiga na Serrinha do Alambari, em Resende, teria discutido com a jovem, que era sua namorada, e depois do ocorrido não foi mais encontrado. A polícia e o Corpo de Bombeiros chegaram a fazer buscas no local tanto por terra quanto pelo ar, mas até o momento não há nenhuma pista do paradeiro de Gustavo.

Quase dois meses após o desaparecimento do estudante, nem mesmo a própria família sabe como andam as investigações. Em entrevista ao jornal BEIRA-RIO, uma pessoa próxima da família relata as dificuldades para obter informações sobre Gustavo. “A busca na mata pelos bombeiros acabou, mas a polícia não parou as investigações. Eles continuam investigando, mas as informações pararam de chegar, por isso está difícil ter algo novo pra buscar”, cita uma tia de Gustavo, a publicitária Paula Macedo.

Segundo ela, não há sequer novidades na perícia do celular do jovem, autorizada pela justiça no mês passado, já que o aparelho se encontra em uma “lista de espera” pra ser investigado e sem nenhuma previsão de quando isso irá ocorrer. Paula explica que as informações iniciais por desconhecidos davam conta de que Gustavo desapareceu no dia 19, exatamente onde ele se encontrou pela última vez com a amiga.

– Recebemos muitas informações de pessoas que dizem ter visto ele, porém nada 100% confirmado, já que não eram conhecidos. No começo do ano ainda estávamos recebendo mensagens de pessoas que o tinham visto, mas todas as informações no final do ano de 2020. Parece que a última pessoa diz ter visto o Gustavo no dia 28 dezembro nos arredores da cidade.

Natural de Resende, Gustavo viveu a infância e a adolescência em Visconde de Mauá. Atualmente, ele vivia em Sorocaba, no interior paulista. Segundo a publicitária, na época do desaparecimento ele estava de férias e veio a Resende visitar os amigos, algo que costumava fazer sempre que possível. Diferente do que o delegado titular Michel Florosk, da 89ª DP (Resende) relatou em entrevistas com a imprensa no início das investigações, o jovem nunca demonstrou ter problemas de ordem psicológica. “O Gustavo sempre foi super tranquilo e centrado. Convivência com todos sempre foi muito agradável. Era bem comunicativo e estava sempre bem humorado”, relembra a tia.

Pelas informações veiculadas na imprensa da região e da capital fluminense, de acordo com as investigações, até o momento o que se sabe de Gustavo é que a amiga foi ouvida algumas vezes, mas que segundo informações de Florosk, os depoimentos da jovem foram contraditórios, porém “insuficientes para caracterizar envolvimento dela no desaparecimento”. Pelas informações obtidas, o delegado ainda relatou que Gustavo “apresentava sintomas de desequilíbrio psicológico durante o período que esteve em Serrinha e acha que o ‘sumiço’ dele foi voluntário”.

No mês de janeiro, a justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico de Gustavo. O aparelho ainda passa por uma perícia e não há informações sobre o laudo final das análises. O delegado ainda descartou qualquer possibilidade de envolvimento do estudante com “criminosos e traficantes da área” onde desapareceu.

Enquanto ainda luta para encontrar Gustavo, outras pessoas ligadas aos familiares criaram uma fanpage nas redes sociais. “Essa página foi criada por conhecidos em forma de apoio. Recebemos ali muitas palavras de ajuda e algumas ideias de como podemos melhorar a investigação. É muito bom saber que podemos contar com tantas pessoas nesse momento”, completa Paula.

Gustavo é branco, magro, tem 1,70 m de altura, cabelos e olhos castanhos escuros. Quem tiver informações que possam levar ao paradeiro do estudante deve entrar em contato pelo telefone (11) 99911-1852 (falar com Paula).

NA CONTRAMÃO DAS ESTATÍSTICAS
Segundo dados do Instituto de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro (ISP-RJ), em dezembro do ano passado o número de desaparecidos em Resende foi maior do que no mesmo mês em 2019. Além de Gustavo, foram registrados no município mais seis desaparecimentos em 2020 contra apenas um no ano anterior. Essa informação vai na contramão do que foi registrado entre janeiro e dezembro dos dois últimos anos no município, quando em 2020 esse número está em quase 30 desaparecimentos contra 42 no ano de 2019.

Fotos: Reprodução/Redes Sociais e Divulgação/PMR

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