OPERAÇÃO ESCULACHO DA ALEGRIA
Rio de janeiro e Resende, tudo a ver. Nunca na história da humanidade houve tanta fidelidade em nenhum tipo de relação igual à de Resende com Rio de Janeiro. Mas não se empolgue, pois tal cumplicidade está apenas na precariedade do transporte público; saúde pública e segurança pública. Ao caminhar pelos os bairros periféricos da cidade de Resende você tem a nítida impressão de estar andando no morro do alemão antes da ocupação militar. O nosso caso de violência aqui é mais grave do que no Rio de janeiro, é só você fazer um cálculo matemático simples que você chega à triste conclusão que na proporcionalidade o número de homicídio por grupo de habitantes que você verá que Resende mata muito mais do que a capital. Fatídica quarta-feira 19 de dezembro de 2012 exatamente às 7 horas da manhã fui despertado com a porta do meu apartamento sendo esmurrada violentamente. Ao abri-la deparei-me com 10 policiais do CORE do batalhão do Rio de Janeiro com fuzis apontado para minha cara e um cão farejador que logo adentraram no meu apartamento revirando todos os meus pertences, embora sem o meu consentimento a tal entrada ao meu domicílio.Confesso que cheguei a pensar que o fim do mundo para mim chegaria naquele fatídico 19-12-2012 exatamente as sete da manhã. Eu tinha dois motivos para pensar assim, primeiro, estou me recuperando de dois infartos recém sofridos, segundo, ao me sentir violentado na minha condição de ser humano e de cidadão cumpridor dos deveres, obedecedor das leis e da ordem; ao me ver diante de tal situação de humilhação e constrangimento, cheguei a pressentir a ameaça do terceiro infarto, principalmente no momento em que resolvi ir pra rua conversar com as pessoas na tentativa de afastar aquele mal estar qual me consumia, me deparei com 30 viaturas das policias civil e militar do Rio de Janeiro e mais os micro-ônibus da Polícia Militar. Na minha cabeça e nas cabeças dos cidadãos pensantes, ficaram emaranharados de perguntas sem respostas. Citarei algumas delas: este show de pirotecnismo promovido pela a Secretaria de Segurança Pública estadual e abençoada pelo o governador Sergio Cabral, foi para beneficiar quem? Uma coisa eu posso garantir, em prol da população não foi. Será que já começamos a campanha eleitoral de 2014? Uma pequena cidade como Resende, sem morros ou vielas para entrincheragem de criminosos, como o crime conseguiu ganhar tanta dimensão? Deixou no ar uma nova pergunta. Porque teve que trazer tantos policiais e todos de fora? Se temos um batalhão aqui com um comando sério com bons policiais, temos uma excelente P2 (Polícia Investigativa da PM) além de ótimos policiais civis. Será que os nossos policiais cometeram alguma falha coletiva ao ponto de merecerem este descrédito popular e a gente não esta sabendo?
DESABAFO DE UM PACATO CIDADÃO SEM ROSTO E SEM VOZ, PORÉM COM A PLENITUDE DA DIGNIDADE.
JORGE ANTONIO GOMES
Cara Ana Lúcia,
Poucos jornais têm a coragem de publicar a verdade doa a quem doer, por isso, escolho o seu para expressar minha opinião sobre o cenário político de Resende.
A disputa pela mesa diretora da Câmara deu muito trabalho ao prefeito.
O prefeito falava para todos os presidentes de partidos e vereadores que não ia se meter, ao mesmo tempo, os puxa-sacos de plantão (Cial (DEM), Renato Viegas (presidente do PP), Kiko Besouchet (PP) e Alcides de Carli (PRB) – aquele que estava com seu partido na coligação do Noel de Carvalho na última eleição) trabalhavam para eleger o vereador Pedra (PDT) para presidente da Câmara. Diziam eles que o Pedra era o candidato do prefeito, fizeram muita pressão sobre os presidentes de partido e novos vereadores. Mas como diz Carlos Drumond de Andrade em uma de suas brilhantes poesias: “Tinha uma pedra no meio do caminho… no meio do caminho tinha uma pedra…”
O grupo formado pelo PPS, PSC, PCdoB e PSB continuou unido com o objetivo de eleger o vereador Bira Ritton (PP) presidente da mesa. O vereador Davi é 10 do PRB, no qual o presidente é o Sr. Alcides de Carli (PRB), não foi convecido por este a votar no Pedra (PDT) e manteve sua palavra, como deve ser. O PSB com o vereador Dr. Irani, vice na chapa do Bira Ritton(PP), orientou a vereadora Soraia(PSB) a votar na chapa composta por eles, mas como a maioria já sabia, mandou o recado que seu compromisso não era com o PSB e sim com o prefeito.
Em reunião realizada na casa do Dr, Irani (PSB), onze vereadores assinaram um documento de apoio ao candidato Bira Ritton (PP), entre eles, Stênio (PDT) e Soraia (PSB). A pressão continuou, mas, para o desespero de Cial, Viegas, Kiko Besouchet e Alcides de Carli, a chapa foi registrada logo após a diplomação dos vereadores. A pressão continuava e o primeiro traíra foi o vereador Stênio (PDT), o secretário de governo, Renato Viegas (PP), ofereceu-lhe apoio para sua ONG localizada no Paraíso e ele deixou o grupo deixando apenas 10 vereadores. A segunda traíra foi a vereadora mais votada da história de Resende, integralmente apoiada pelo PSB na sua eleição, descumprindo a orientação do partido e sua executiva, e também deixou o grupo. Restaram nove vereadores.
No dia 1º de janeiro de 2013, dia da votação ao chegar em casa por volta das 17:00h, o vereador Romério (PMDB) foi convidado a entrar no carro pelo secretário de finanças Renato Viegas e junto dele estavam Cial, Mirim (DEM) e Kiko Besouchet, todos tentando um acordo para que o Romério votasse na chapa do Pedra. Levaram Romério até a casa do prefeito para tentar perssuadí-lo a mudar de voto, lá o prefeito pediu oficialmente ao vereador que votasse no Pedra. O pedido foi negado, pois Romério havia assinado um documento e dado a palavra que votaria no Bira Ritton. Sem conseguir seu objetivo, eles deixaram Romério em casa e já sabiam que a derrota era certa.
Mais triste foi o vereador Caloca (PMDB), oposição quatro anos de governo, reeleito com apoio de Noel de Carvalho, e aos 45 minutos do segundo tempo aceitou uma proposta, (…), para compor a chapa do Pedra, foi chamado no gabinete do prefeito e sentou com o 1º Ministro Renato Viegas para negociar, parece ter sido boa a conversa, o voto pelo menos foi garantido. Depois de quatro anos de oposição um (…) faz qualquer um mudar de lado, principalmente quem não tem caráter. Acabou a oposição do Caloca e o Marcelão da Famar, assessor de Caloca não gostou nada, pois não participou da negociação e (…).
Nunca na história de Resende um prefeito defendeu um candidato a presidente da Câmara que não fosse do partido dele, ainda mais, contra um candidato do seu próprio partido (Bira Ritton–PP). Nesta batalha o chamado grupo do prefeito perdeu uma disputa política contra os humildes e fiéis companheiros do PSC, PPS, PSB e PCdoB, destacando-se a seriedade e lealdade desses nobres vereadores eleitos pela primeira vez (Tisga (PPS), Barra Mansa (PPS), Davi é 10 (PRB), Tiago Forastieri (PSC), Olímpo (PCdoB) e Dr. Irâni (PSB)). Uma disputa política onde os mais fracos venceram os poderosos Renato Viegas, Cial, Kiko Besouchet e Alcides de Carli.
Por falar em Alcides de Carli dizem que nas eleições 2012 ele não apoiou o Rechuan pois teria pedido (…). Pedido feito e pedido recusado pelo prefeito. Assim, ele fez parte da coligação de Noel de Carvalho.
A posição do prefeito em apoiar Pedra à presidência da Câmara, dizem que foi após o vereador entrar em seu gabinete e fazer ameaças, dizendo que se ele não ganhasse a presidência ele iria apoiar o Noel de Carvalho para Deputado Estadual nas próximas eleições (2014) fazendo dobradinha com ele como candidato a Deputado Federal, uma excelente dobradinha Pedra (PDT) e Noel de Carvalho (PMDB).
E agora? Será que ele cumprirá a ameaça? E seus cargos da prefeitura?
Dizem que ele é o vereador com mais cargos comissionados que a prefeitura já viu nesses últimos anos, como diz a poesia do querido Carlos Drumond de Andrade: “Tinha uma pedra no meio do caminho… no meio do caminho tinha uma pedra…”
É Rechuan… (…). Quem viver verá se essa pedra vai ficar mesmo no meio do caminho.
Antônio Carvalho

