Acredite se Quiser

– A mesa diretora da Câmara Municipal de Resende fez um requerimento ao prefeito municipal, no dia 1º, querendo saber sobre o cumprimento de disposições da Lei Orgânica Municipal. Depois foi explicado que eles querem saber se a prefeitura está informando os vereadores sobre todas as licitações que realizam para que os integrantes do Legislativo possa fiscalizá-las.  Será que os vereadores não sabem que informar sobre licitações a todos e não apenas aos vereadores, é uma lei federal?

– Falando em licitações, continuam as investigações do Ministério Público Estadual (MPE) sobre as licitações realizadas pela Câmara de Resende. Também na sessão do dia 1º o vereador José Olímpio (PCdoB) questionou a postura da Casa Legislativa que, depois das apreensões de documentos realizadas pelo MPE, tem fingido que nada aconteceu. “A gente precisa de explicação. O que aconteceu eu também não sei, mas como vereador tenho que saber, até para dar uma explicação”, comentou Olímpio. Roque Cerqueira (PDT) endossou o comentário e disse que o presidente da Casa deve chamar os vereadores e informar o que houve, porque “lá fora o pessoal sabe e a gente não sabe”. Roque disse ainda que “é muita maldade em cima dessa Casa”.  No dia 7 o MPE foi procurado e respondeu apenas que “as investigações prosseguem com a análise de documentos sigilosos. Não há mais informações neste momento”.

– Também está em andamento, no Ministério Público Federal (MPF), a notícia de fato que apura grilagem na Comunidade Terra Livre, em Resende, e que tem o vereador Tiago Vieira Martins, o Tisga (PPS), como o principal suspeito. Segundo o órgão, o procurador Paulo Sérgio Ferreira Filho ainda aguarda retorno do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para prosseguir com as investigações. Nesta semana ele reiterou a solicitação, já que o prazo estipulado para um retorno está para vencer. Caso o Incra diga que não tem interesse nas terras da comunidade, a investigação terá que ser conduzida pelo MPE.

– Programa voltado para crianças e adolescentes do Morro do Cruzeiro em Resende “está virando bagunça” segundo moradores do local. A coordenação do programa está sendo mudada por ordem do prefeito José Rechuan e corre pelas esquinas do bairro que quem cuidará agora será uma ONG criada e que tem ligação com o vereador Stênio. Oi? Será isso verdade?

– No dia 6, os vereadores conseguiram aprovar em primeira votação, por unanimidade, o novo Estatuto dos Servidores do município de Resende. A segunda votação deve ser só no dia 20, porque a lei determina um espaço de dez dias entre elas. Apesar da unanimidade, quase houve confusão. Isso porque o sindicato chegou ao local com uma bolsa cheia de nariz de palhaço, um informe em que pedia aos vereadores que aprovassem o documento com duas das emendas propostas e rejeitassem uma terceira de autoria do vereador Pedro Paulo Florenzano (PP), e uma moção de repúdio ao vereador Irâni Ângelo (Pros). Além disso, o comentário dos corredores é que a moção era uma retaliação ao requerimento 116/15, de autoria de Irâni, que questionava o montante total financeiro repassado pela prefeitura de Resende ao sindicato desde 2008.

– Os vereadores estão querendo ajudar no aumento da arrecadação de Resende de qualquer forma. No dia 6 deu entrada na Casa Legislativa um projeto para regulamentar os Food Trucks no município estabelecendo, claro, os devidos impostos. O projeto é de autoria dos vereadores Thiago Forastieiri (PSC) e Jeremias Casemiro, o Mirim (Solidariedade). Na mesma sessão entraria em votação outro projeto voltado para alterar os valores de terreno e construção no município, de autoria do prefeito. Este, contudo, foi retirado de pauta.

– Embora as câmeras e totens instalados pela prefeitura de Resende pareçam não estar cumprindo a função de captar e gravar imagens, coibindo a violência do município, eles não param de serem usados pelos humoristas de plantão nas redes sociais. Nesta semana foram comparados aos robôs do filme “Guerra nas Estrelas” e ao raio desmemorizador do filme “Homens de Preto”. A piada só perde a graça quando alguém lembra que os equipamentos custam R$ 179.700 por mês.

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