Em assembleia realizada nesta terça-feira, dia 22, os metalúrgicos da CSN recusaram com ampla maioria de 87,4% dos 5.628 votantes para proposta da empresa. Deste total, 4.919 trabalhadores votaram contra a oferta de 4% de reajuste salarial a partir de 1º de setembro, enquanto 685 votaram pelo sim. Tiveram ainda 15 votos brancos e nove nulos.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Silvio Campos, comemorou o resultado e disse que já esperava a recusa dos funcionários da Companhia. “Foi uma ampla maioria. Isso mostra a insatisfação dos trabalhadores com a postura de descaso da empresa no acordo coletivo deste ano. Em termo de siderurgia, temos os melhores funcionários do Brasil. Eles têm que ser valorizados, mesmo com atual crise econômica do país. Os funcionários não podem ‘pagar o pato’ sozinho”, afirma o sindicalista. Ele espera que a Companhia apresente uma nova proposta “o mais rápido possível”. Caso contrário, segundo ele, “a greve será inevitável”.
O presidente do Sindicato afirmou que o Metalsul (sindicato patronal) ofereceu aos metalúrgicos a reposição do INPC (Índice Nacional do Preço ao Consumidor), que fechou em 8,34%. Silvio espera que a CSN apresente uma nova proposta o mais rápido possível. “A CSN tem condições de aumentar essa proposta. Não poderíamos aceitar essa migalha”, finalizou.
Fonte e fotos: Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense
