DIREITO A VIDA
Estamos indignados e preocupados com a falta de compromisso com as palavras da Prefeitura de Resende com referência a reportagem do jornal BEIRA-RIO nº 916 de 17 de julho de 2015 no tocante a matéria sobre o Modulo de Saúde da Família em Engenheiro Passos, que não chega a ser nem um posto de saúde.
A primeira questão, a Prefeitura de Resende diz que existem duas equipes de saúde completa, só se for na folha de pagamento, porque prática não temos uma equipe completa.
Segunda questão, a Prefeitura de Resende diz que está fazendo a cobertura com relação ao pediatra e ginecologista. Na prática isto não existe, só se for na imaginação do Sr. secretário.
Terceira questão, a Prefeitura de Resende diz que existe consulta e encaminhamento pelos próprios médicos e que não existe justificativa para filas. Na prática existem as filas porque não existem consultas suficientes no Módulo de Saúde da Família para a população, por isso a fila existe. Aproveitamos para convidar o Sr. secretario Brito a vir a Engenheiro Passos às 5 horas da manhã para marcar consulta e constatar que não é mentira o que o povo fala.
Quarta questão, a Prefeitura de Resende diz que nos feriados e fins de semana existem equipes de enfermagem para atender a população. Na prática quando aparece, só se for equipe de um profissional só, acreditamos que equipe é composta por mais de um profissional.
Quinta questão, a Prefeitura de Resende diz que com relação aos pacientes mais graves existe uma sala de emergência totalmente equipada, gostaríamos de saber onde foi construída e solicitamos o endereço para que a comunidade possa utilizá-la, com certeza não foi no Módulo de Saúde da Família.
Sexta questão, a Prefeitura de Resende diz que está equipando as ambulâncias com mais materiais. Gostaríamos de saber se dentro destes equipamentos os médicos estão incluídos.
Sétima questão, a Prefeitura de Resende diz as chamadas mais urgentes seriam atendidas pelo Samu de Itatiaia. Na prática não funciona pois dependeria do Módulo de Saúde da Família acionar o 192 – Samu Base de Itatiaia, a população desconhece tal serviço. A Prefeitura de Resende deveria arcar por este atendimento, pois este é um atendimento de total responsabilidade da Prefeitura de Resende e não do Governo Federal.
Resumindo, é bom parar de faz-de-conta e cair na real. O que precisamos em Engenheiro Passos é um pronto atendimento. Tem que acabar com a discriminação com Engenheiro Passos.
Atenciosamente
OPEP – Organização Popular de Engenheiro Passos
Questão de Respeito
Concursada em 2012, comecei a trabalhar como monitora de creche na rede municipal de Resende. Minha vida profissional seguia rumos tranquilos, sem quaisquer problemas e recebendo vários elogios verbalmente e por escrito. A partir de agosto de 2014 comecei a sofrer uma injustificável e desrespeitosa pressão no trabalho, a partir de fatos distorcidos, e pedi ajuda à supervisão de Creche municipal. Meses de aviso à Secretária Municipal de Educação de Resende do que vinha ocorrendo dentro da unidade de ensino sem obter qualquer apoio para uma solução em relação aos fatos. A mim foi imposto descaso e não me deram chance de evitar que a situação se agravasse, me rendeu então um discurso de ódio via facebook vindo do co- responsável pela unidade de ensino, fazendo assim que secretaria de educação tivesse mais uma atitude de descaso,ignorando mais uma situação. A cada pedido meu para que houvesse um basta na forma como eu estava sendo tratada, mais pressionada eu era com condutas extremamente arbitrárias. Tive da Secretaria um tratamento inadequado: eu,a monitora de creche, que amargasse o meu problema e que me curvasse a todas as inverdades, sempre sutilmente lembrada de que estava em estágio probatório e ainda tendo que vê bondade. Como já tinha tentado ter acesso à documentação a que tenho direito ,pois abusos eram cometidos e registrados. Fui pedir acesso e cópia dessa documentação de cunho pessoal informaram que eu deveria procurar o protocolo e os meios legais. Diante dessa negativa, fortalecida pela certeza de que jamais havia cometido tal deslize em meu trabalho, fui lutar pelos meus direitos e comecei a reviver, em maior dimensão, o desrespeito do que havia vivido dentro da unidade. Comecei pela Ouvidoria de Resende e, no dia 2 de dezembro, fui convocada para comparecer à Secretária Municipal de Educação no dia 9 de dezembro. Lá me foi perguntado “O que eu queria,o que podiam fazer por mim”. Como disse que “nada”, foram impostas condições para que eu obtivesse a documentação. E assim ouvi os conselhos das pessoas que me atenderam para seguir minha vida. Segui sim, de acordo com os meus direitos, pedindo mais documentos na Ouvidoria Geral da Prefeitura Municipal de Resende. Novamente encontrei barreiras e mais descaso, dessa vez vindo diretamente da Secretaria Municipal de Resende e da Ouvidoria Geral de Resende. Um setor criando empecilho para eu não tivesse acesso à documentação solicitada e o outro não cumprindo seu papel que é a execução da Lei da Transparência 12527/11, havendo requerimentos com mais de 60 dias e outro com 90 dias .Fui então para o Disque 100 e depois para um órgão governamental de Brasília SEPPIR Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial ligado às causas raciais que me ajudou , pois também atribuo boa parte disso envolvendo sim a questão racial e somente por intermédio do ouvidor de lá consegui ter acesso aqui e dentro da Secretaria Municipal de Resende, só assim obtive o de direito que era meu e que a todo tempo estava sendo violado. Com exatos oito meses e os absurdos ainda não pararam,entre eles pude constatar isso no inquérito administrativo (aberto em março deste ano), quatro meses depois do ocorrido, sendo que o certo seria ter sido aberto logo após os acontecimentos e surgimento de fatos discrepantes e documentos até então desconhecidos por mim, sinceramente não dá para saber o quê esperar. No Inquérito, a Secretaria Municipal de Educação de Resende se diz desconhecedora de tudo e não possuir nenhum tipo de gerência. A Secretaria Municipal de Resende afirma que está dentro do campo do particular, exatamente o contrário das atitudes que tiveram todo o tempo, sempre estando a par de tudo, mas não tendo isenção para analisar a crise e resolvê-la de imediato. Afirmam que não há nada que me desabone quanto ao meu trabalho, o que realmente é verdade. Apesar de ter sofrido assédio moral, nunca me vi como vitima dessa situação e nem tampouco coitada. Mas diante das circunstâncias consegui reagir e sigo lutando para que a verdade prevaleça e encaminhando para a justiça, principalmente por se tratar da SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE RESENDE que deve ser exemplo no respeito a todos os funcionários, sem distinção de função.
Renata Matos
Monitora de creche concursada, em estágio probatório