A Prefeitura de Resende confirmou no dia 15 que realiza um estudo para promover a concessão da área do aeródromo, pertencente à União, para a iniciativa privada. A informação havia sido antecipada pelo jornal BEIRA-RIO em sua edição anterior. Segundo a prefeitura, a concessão seria uma forma de regularizar a área, já que ela foi ocupada sem realização de processos licitatórios por parte do município.
A área vem sendo alvo de disputas principalmente desde 2012, quando a União oficializou a cessão da área para o município por 30 anos, para que este a utilizasse para atividades ligadas à aeronáutica. Desde então, o município vem criando dificuldades para que o Skydive, o clube de paraquedismo de Resende, e o Aeroclube, que engloba o Skydive, permaneçam no local.
Os responsáveis pelo Aeroclube e Skydive alegam que tem direito de utilizar a área, já que foram autorizados pelo 3ª Comando de Aeronáutica do Rio de Janeiro (3º Comar). Eles dizem que mesmo que não tenham a obrigação, sempre mantiveram contratos de uso da área com a prefeitura, na tentativa de manter um bom relacionamento com esta. Desde 2012, contudo, a prefeitura, através da Secretaria de Indústria e Tecnologia, estaria criando empecilhos para a renovação do contrato. Além disso, em 2015, o prefeito José Rechuan Junior (PP) já moveu duas ações de reintegração de posse da região, uma contra cada entidade, e perdeu em ambas na primeira instância. Apesar de os representantes de Skydive e Aeroclube mostrarem documentos do Comar autorizando sua estadia, a assessoria de comunicação da prefeitura afirma que as ações são exigência da Aeronáutica.
Leia mais sobre o estudo que a prefeitura está realizando nas páginas do jornal BEIRA-RIO.
