Testemunha da folia resendense

Nos últimos anos, um senhor de 87 anos, um ferroviário aposentado de Resende, decidiu ficar a maior parte do tempo em casa. “Agora tenho muitas dificuldades de locomoção para sair de casa, no máximo vou até a varanda para tomar ar fresco. E depois das 21 horas me recolho novamente para dentro”, conta Alaor da Silva (foto), que no passado teve parte de sua vida ligada ao carnaval de Resende.

Seu primeiro contato com a folia foi aos 7 anos, quando ainda morava no Centro Histórico com a avó. “Naquela ocasião, fui criado junto com a minha avó, que morava perto de onde hoje é o prédio da empresa de telefonia (na Av. Dr. Cunha Ferreira). E sempre que chegava a época do carnaval, ela me levava para assistir aos desfiles de blocos e ranchos, um deles era o Chuveiro de Prata, onde desfilava uma prima minha de segundo grau que era casada com o fundador desse rancho (o ferroviário Florentino da Silva)”.

O aposentado, que não consegue lembrar todos os detalhes sobre o antigo rancho que inspirou há quatro anos o historiador Claudionor Rosa a rebatizar o bloco Saudade Não Tem Idade, revela, no entanto, sobre onde ficava a sede do rancho. “O Florentino tinha uma casa próxima à entrada do bairro Alambari, depois da passarela de acesso ao bairro (na ocasião, ainda não havia os hotéis da Aman, a área era um campo de aviação). Era lá que os integrantes do Chuveiro de Prata realizavam os ensaios do rancho, no quintal dessa casa, e eles eram bem animados”, conta.

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