Novidade em exposição e muito sol e calor no Dia de Finados

Diferente do que vem acontecendo em anos anteriores, o Dia de Finados está sendo comemorado neste domingo, dia 2, em um dia de muito sol e calor, pelo menos no período da manhã e início de tarde. Com isso, ambulantes têm aproveitado para vender diversos produtos, desde os mais tradicionais, como flores e velas, a alimentos e bebidas. Até uma empresa especializada em planos funerários esteve no local, aferindo glicose e pressão e distribuindo brindes (calendários e squeezes).

Por conta do enorme movimento formado na Rua Senhor dos Passos, no trecho próximo ao cemitério, alguns vendedores de produtos mais tradicionais para a época procuravam evitar o tumulto na hora de fazerem suas vendas. “As vendas estão mais fracas devido à concorrência lá na rua de cima, então resolvi ficar por aqui na Praça do Centenário (na subida para a rua Senhor dos Passos) devido ao tumulto”, explica a vendedora Eliane Cristiane da Silva, que costuma vencer flores naturais tradicionalmente no Dia das Mães no bairro onde mora (Jardim Primavera) e resolveu apostar nas vendas de Finados pela primeira vez.

Segundo ela, a flor que vendeu mais foi a margaridinha, uma versão em miniatura da margarida. Além dela, também são vendidos crisântemos. O motivo, segundo ela, é o preço: enquanto a pequena flora sai por R$ 7, o crisântemo sai a R$ 10. Um pouco mais distante dali, quase no começo da rua do cemitério, dois primos se reuniram para vender velas, fósforos e água, e ao menos têm conseguido vender melhor, mesmo sendo também a primeira vez em que estão vendendo na data.

– Só agora, até às 11 horas, a gente conseguiu vender sete caixas de velas. o movimento está sendo ao menos bom para a gente – revela a dona de casa Cristiane Eudóxio, que aproveitou o dia para trabalhar com o primo, o mecânico industrial Sidney de Paula, que momento da entrevista havia conseguido quatro das sete caixas para uma mesma pessoa que se encaminhava para o cemitério de carro.

Logo em seguida, a equipe do jornal BEIRA-RIO subiu até a Rua Senhor dos Passos, que se encontra repleta de tendas, não apenas de produtos para venda, como também para aferição de pressão e glicose, serviços prestados por uma empresa de planos funerários e pela Cruz Vermelha, que também oferecia água para hidratar os visitantes que chegavam ao cemitério.

O Cemitério Municipal tem recebido em média um público estimado entre 8 e 10 mil pessoas, de acordo com a administração do Cemitério Municipal Senhor dos Passos, em Resende, durante todos os Dias de Finados. Dentro do local, eles são recepcionados por membros da Igreja Peniel local, que distribuem folhetos e até oferecem água para refrescar. Por volta das 15 horas, eles realizam um novo culto. Além deles, os católicos também celebram a data com uma missa que acontece a partir das 16 horas, na Igreja Senhor dos Passos, próximo ao cemitério.

EXPOSIÇÃO COM NOVAS INFORMAÇÕES
Tão tradicional em Resende quanto a data, a exposição realizada na antiga capela mortuária reúne novas informações sobre alguns importantes nomes da História de Resende e do país, e costuma atrair várias pessoas. “Aqui a gente costuma falar sobre a morte do ex-presidente do Brasil Juscelino Kubitschek, ocorrida em circunstâncias recentemente apuradas pela Comissão da Verdade por suspeita de atentado, não confirmada no entanto. Temos também a Eni Seabra, conhecida por Santa Eni, que agora se sabe que seus restos mortais foram para Niterói, apenas o túmulo original está em Resende”, diz o enfermeiro Carlos Alberto Ferreira dos Anjos.

Ele auxilia o historiador Claudionor Rosa na divulgação da História de Resende através de suas personalidades já mortas. Ele aproveita para mostrar o primeiro túmulo construído no cemitério, o da fazendeira Maria Benedita,  que viveu em Resende e era conhecida como a Rainha do Café.

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