Acredite se Quiser

– Os vereadores de Resende resolveram trabalhar pesado nas vésperas da eleição. Tão pesado que se esqueceram de seu trabalho de vereadores. É que na sessão do dia 2, última antes do pleito, dos 17 vereadores apareceram apenas oito: Ubirajara Ritton (PP), Tiago Forastieri (PSC), Carlos Augusto de Lima, o Barra Mansa (Solidariedade), Joaquim Romério (PMDB), Pedro Paulo Florenzano (PP), Soraia Balieiro (PSB), Silvio da Fonseca, o Tivo (PP), e Carlos Santa Rita (PSDB). Soraia ainda tentou justificar a ausência de José Olímpio (PCdoB), que estaria velando uma pessoa próxima, e Barra Mansa explicou que Roque Cerqueira (PDT) estava no trânsito, mas como o número não era suficiente para votações, a sessão não aconteceu por falta de quórum.

– Já na sessão do dia 7 quase não faltaram vereadores. Santa Rita era o mais animado, lembrando a todo momento que embora os colegas desacreditassem dele quando dizia que Aécio Neves (PSDB) tinha chances de ir para o segundo turno, agora via o candidato de seu partido disputando a presidência com a atual presidente, Dilma Rousseff (PT). O candidato tucano, aliás, seria o vencedor se a eleição se realizasse apenas em Resende (ver páginas 11 e 13).

– Já Thiago Martins, o Tisga (PPS), mostrou que está na contramão de seu partido. Primeiro, sempre se mostrou como oposição ao Governo Municipal e teve que aceitar que o presidente de sua sigla na cidade ganhasse uma secretaria. Agora, depois de tanto defender Dilma como presidente viu o PPS nacional declarar apoio a Aécio Neves. Será que estes serão motivos para uma troca de sigla nas próximas eleições municipais?

– E como vem acontecendo nas últimas sessões, o prefeito enviou à Casa uma série de vetos aos projetos que têm sido aprovados pelos vereadores. Desta vez foram três projetos, sendo um de autoria do vereador Davi de Jesus (Solidariedade) e dois de autoria de Tiago Forastieiri. Um dos projetos de Tiago, que vetava completamente a instituição do mês de maio como “Maio Amarelo” e promovia uma série de campanhas de trânsito, teve o veto retirado da pauta de votações. O outro projeto do vereador, que instituía a política de valorização do artesanato no município de Resende, teve vetos parciais a alguns artigos acatados por dez votos, a pedido do próprio vereador. Já o projeto de Davi, que instituía agendamento de consultas por telefone ou internet aos idosos, teve o veto derrubado por maioria absoluta (10 votos contra o veto, três a favor e uma abstenção). Para vetar o projeto a prefeitura argumentou que era proibido o Legislativo criar despesas para o Executivo e o projeto seria dispendioso porque teria que reformular o atual sistema de marcação de consultas da cidade.

– O cartório eleitoral de Resende tem sido constantemente procurado desde o dia seguinte às eleições, dia 6, com eleitores em dúvida quanto aos procedimentos para justificativa de voto e sobre o segundo turno. Para evitar as confusões, a equipe do cartório esclareceu que quem não votou no primeiro turno pode votar normalmente no segundo turno; a justificativa de ausência só pode ser feita na sessão eleitoral de Resende por quem é eleitor de outra cidade e a pessoa deve ir pessoalmente levando documento de identidade com foto e o número do título de eleitor; a justificativa não precisa ser feita imediatamente, ela pode ser feita no período de 60 dias; e quem não justificar no prazo de dois meses paga uma multa de R$ 3,51 por turno. Assim como aconteceu no primeiro turno, será possível votar sem o título, desde que o eleitor leve um RG válido, e o voto só é obrigatório até a pessoa completar 70 anos. “A mesma pessoa pode justificar o voto várias vezes, não tem limite para a justificativa eleitoral, mas se a pessoa tem dúvidas sobre seu título ela pode ir ao cartório consultar, mas o ideal é que ela o faça fora do período eleitoral”, explicou Renata Lamin, responsável pelo 31º Cartório Eleitoral de Resende. Ela acrescentou que, para quem se habilitou para votar em trânsito na região, este deve ser feito em Volta Redonda, e não em qualquer zona eleitoral de Resende. O voto em trânsito não pode ser feito onde a pessoa escolher, mas onde houver estrutura para isso.

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