Na manhã deste sábado, dia 20, uma parte do grupo formado pelos 22 catadores da Associação dos Garimpeiros do Aterro de Resende (Agasar), que trabalham em Bulhões, foram para a Avenida Albino de Almeida (em frente à Caixa), no bairro Campos Elíseos, em Resende, chamarem a atenção das pessoas que passavam pelo local. Liderados pelo presidente Caetano Antônio de Souza (de amarelo, na foto), e pelo vice-presidente Mauri da Silva Lameu (ao lado da caixa de papelão), o grupo reivindica através de uma carta aberta à população de Resende o cumprimento do Artigo 36 da Lei Federal 12.305, que institui a Política de Resíduos Sólidos, da qual o município nã0 conseguiu se adequar.
– Temos várias propostas, mas a principal delas é que nós queremos fazer o nosso trabalho de triagem do lixo. Com a não-adequação de Resende à lei dos Resíduos Sólidos, o município vai acabar com as atividades no aterro de Bulhões e pode passar a enviar o lixo para Barra Mansa. O que nós queremos é que possamos fazer o nosso trabalho com o transbordo, pois corremos risco de ficarmos desempregados – explica Caetano.
O Artigo 36 da lei determina em seu parágrafo primeiro que “o titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos priorizará a organização e o funcionamento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, bem como sua contratação”. De acordo com o presidente, a Agasar conta apenas com o apoio de uma ONG baiana, fundada por catadores de siri.