Resende não se adequa a Política Nacional de Resíduos

Mesmo com duas opções, seja encaminhar para Barra Mansa ou contratar uma nova concessão para o Município de Resende, a cidade não conseguiu se adequar à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) exigida pelo Governo Federal. A informação foi confirmada pela própria assessoria de imprensa da prefeitura. Segundo o documento, sancionado há quatro anos, os municípios teriam até o dia 2 de agosto deste ano para acabarem com seus lixões (na foto, o de Bulhões) e encontrarem uma alternativa ambientalmente mais correta para destinar seus resíduos, mas Resende não havia adotado uma nova política até o fechamento desta edição. Quatis e Porto Real já resolveram o problema há meses e Itatiaia não forneceu as informações solicitadas.

O presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amar), Wilson Moura, estava divulgando há meses que Resende estava encabeçando um consórcio entre os quatro municípios da Região das Agulhas Negras para dar uma destinação correta aos resíduos sólidos de todos eles. O protocolo de intenções que criava o consórcio teria sido atrasado porque o Governo do Estado também participaria e o secretário estadual do Ambiente foi modificado no meio do processo. A primeira opção do grupo, como esclarecido em entrevista concedida por Moura entre fevereiro e março deste ano, seria mandar para o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Barra Mansa. No entanto, o presidente da Amar se mostrou contra a medida, que havia sido proposta pelo Governo do Estado, porque isso encareceria a destinação final dos resíduos.

— Eu disse a eles que isso nos faria ficar reféns da Dutra, fora os custos de levar os resíduos até lá, que a Green Life (empresa que faz a coleta de resíduos) ia cobrar, e eles sugeriram que fizéssemos uma unidade de transbordo aqui mesmo onde é o aterro de Resende. (…) Sabemos que o Estado compra lixo tratado a até R$ 20 a tonelada. Solicitaram ao Estado a inclusão de Resende na compra desse lixo. Se conseguirmos, será um abatimento no frete, aí o valor seria R$ 70 a tonelada. Cai um pouco e a gente destina o material para um aterro licenciado e recebe mais pontuação no ICMS ecológico – comentou, na entrevista.

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