Mais de 40 homens que trabalham na segunda fase da obra da Câmara Municipal de Resende paralisaram suas atividades por 24h, na manhã de quarta-feira, dia 28, em protesto, segundo eles, ao não pagamento de dois meses de salários e a falta de comida nas repúblcias que moram. Os trabalhadores, todos de cidades de Minas Gerais e com famílias para sustentar, mostraram-se indignados com o descaso da empresa Emissão Engenharia, responsável pela obra com as necessidades dos funcionários e com a falta de informação. Os trabalhadores preferiram não se identificar nas declarações.
— São dois meses sem salário. A comida acabou nas repúblicas. Como é que a gente faz? Temos filhos pequenos, família e nem informação temos, disse um trabalhador que junto com os demais confirmou que na obra da Câmara estão há um mês, mas o pagamento está atrasado há dois porque estavam na obra do teatro de Porto Real, que paralisou. “Paramos lá em Porto Real para vir pra cá pra levantar paredes e rebocar”, contou outro funcionário.
No dia 29, durante o fechamento da edição, um dos funcionários, Marcos Roberto Hirmer, visitou a redação do jornal BEIRA-RIO e informou que havia sido demitido pela empresa após o protesto. Ele acredita que a dispensa foi motivada por ele ter reclamado mais das más condições em que os trabalhadores se encontravam.
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