Acredite se Quiser

– Após o fechamento da última edição, a prefeitura de Resende entrou em contato através de uma nota para se manifestar sobre a matéria a respeito do transporte escolar rural. Nela, o BEIRA-RIO relata que, embora tenha ganhado sete novos ônibus do Governo do Estado para fazer o transporte de alunos da rede pública da zona rural da cidade, a prefeitura fez um aditamento milionário para prorrogar a contratação de aluguel de ônibus para prestar o mesmo serviço. Segundo a nota enviada, os veículos estão localizados no setor de transportes da prefeitura, no Parque de Exposições, e não estão sendo usados “pois utilizam um combustível diferenciado, não poluente, que a Prefeitura não possui. Por isso, houve a necessidade de se licitar a compra do combustível específico”, mas que a partir do segundo semestre do ano letivo, os ônibus já serão usados. Ainda assim, eles afirmam que irão manter a contratação porque os sete veículos não são suficientes para atender todos os alunos da zona rural.

– O que a equipe do BEIRA-RIO não entendeu foi que a nota dizia que “o contrato vai continuar, sendo reduzido em 25%, até o término do contrato, quando será feita uma nova licitação, caso haja necessidade”. Se a quantidade de ônibus não é suficiente, porque o contrato vai ser reduzido quando os novos começarem a circular? Eles também disseram que “atualmente seis ônibus atendem 358 crianças que moram na zona rural e estudam em escolas municipais e estaduais, tanto na zona rural quanto na zona urbana do município”. Se atualmente seis veículos fazem o trabalho, eles ganharam sete e ainda assim não é uma quantia suficiente, quer dizer que há crianças da zona rural que não estão estudando? Xii…

– O secretário de Obras, Rubens Almada, e o presidente da Agência do Meio Ambiente de Resende (Amar), Wilson Moura, foram à Câmara Municipal na sessão do dia 1º para prestar esclarecimentos sobre a obra de contenção do rio Sesmaria. Eles haviam sido convocados pelo vereador Tiago Forastieri (PSC) que, no entanto, parecia saber ainda melhor que os dois as respostas das perguntas que fez. Se ele já sabia as respostas, qual o sentido de chamar os dois até lá?

– Mas já que o assunto era a obra, a dupla de secretários fez um retrospecto da cheia do rio, que causou uma enchente no bairro Ipiranga, em 2010, e das obras de emergência para desassoreamento do rio iniciadas em 2011. Elas foram paralisadas em 2012, por determinação do Ministério Público Federal, que cassou a licença da obra alegando descumprimento do documento apresentado. O Inea (Instituto Estadual do Ambiente) solicitou alterações no projeto, que continha erros técnicos, e com as devidas alterações solicitadas pelo órgão os dois afirmaram que a obra será retomada nos próximos dias. No entanto, eles revelaram que, devido à alteração, a obra não pode mais garantir segurança aos moradores dos bairros Ipiranga, Jardim Brasília e Barbosa Lima. Para que a situação seja de fato resolvida, eles precisam de soluções apontadas por um estudo hidrológico, sobre o qual eles ainda não têm nem informações a respeito de como licitar.

– Nas redes sociais o assunto da semana foi o caso dos planos de saúde. A Câmara Municipal de Resende anunciou que realizará uma licitação para contratação de uma empresa para fornecer plano de saúde com cobertura nacional para seus servidores. Eles já têm plano de saúde há muitos anos, mas agora está sendo feito um novo contrato com valor estimado de R$ 489.007,74. Os questionamentos são: porque o contribuinte tem que pagar para que os servidores tenham plano de saúde se eles mesmos não têm? E principalmente: Por que o plano tem que ter cobertura nacional? A saúde de Resende não é boa o suficiente nem na rede privada?

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