Mesmo com a ausência de vereadores e com inexpressiva presença de representantes do Executivo, o plenário lotado da Câmara Municipal de Resende assistiu – e participou – do lançamento de um comitê que vai tentar instituir uma comissão da verdade municipal. A sugestão foi lançada após o debate sobre a importância de resgatar as memórias de desaparecidos, realizado na Casa com a presença de integrantes das comissões da verdade do estado do Rio de Janeiro e dos municípios de Niterói e Volta Redonda.
— Recolhemos os nomes de pessoas e entidades interessadas em compor o Comitê pela Memória, Verdade e Justiça de Resende, que será um movimento de entidades, cidadãos e cidadãs em defesa da criação da Comissão da Verdade municipal. Criaremos um grupo pela internet (foi criado no dia seguinte) onde vamos construir coletivamente uma agenda, inclusive um encontro presencial. Haverá troca de informações sobre as Comissões da Verdade nacional, estadual e municipais, propostas de incorporar outros segmentos, principalmente da juventude, e socialização das leis que criaram as Comissões da Verdade em outros municípios – explicou Álvaro Brito, um dos organizadores do debate, ao final do evento.
Como a ideia do evento partiu do PT, o presidente do diretório municipal do partido, Elon Viana, mediou o debate, do qual participaram o presidente da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, Wadih Damous; o coordenador da Comissão da Verdade de Niterói, Renato Almada; o integrante da Comissão da Verdade de Volta Redonda, Lincoln Botelho; o pesquisador da mesma comissão, Edgar Bedê; e o presidente da OAB de Resende, Samuel Carreiro. O procurador da Câmara Municipal, Edgar Ribeiro de Queiroz Neto, chegou a participar da mesa representando os vereadores, mas não ficou muito tempo.
ERRATA: o título da matéria saiu errado na versão impressa, o correto é o que está escrito no site, um vez que a implantação foi apenas debatida, e não criada, em Resende. Confira mais detalhes sobre esse evento no jornal BEIRA-RIO.
