– A falta de informação – ou talvez até de organização – fez com que a Secretaria de Saúde de Resende arrumasse uma baita confusão no dia 5. Em torno de dez pacientes do SUS aguardavam do lado de fora para fazer exames de mamografia na Clínica Delta, depois de terem recebido encaminhamentos da Secretaria. Quando a secretária da clínica chegou, por volta de 8h, disse aos pacientes que a clínica não estava mais fazendo mamografias, que já havia avisado a prefeitura sobre isso e pediu a todos que procurassem o CDI para verificar o que havia acontecido e remarcar os exames. O CDI, no entanto, estava fechando, deixando os pacientes ainda mais revoltados.
– Uma das pacientes, que relatou ter retornado ao CDI no dia 7, disse que aguardava para fazer os exames desde agosto, e que ainda foi tratado com falta de educação no CDI, pois a atendente teria dito que “os aparelhos são como os das casas, quebram mesmo”. “Eu respondi, mas na minha casa quando quebra eu conserto, e ela disse para eu fazer o exame lá na hora então. É um exame que requer preparo, não se faz desse jeito. E eu não estou pedindo nada de graça, eu pago, sou contribuinte. Se um exame pedido pela irmã do prefeito está assim para fazer, imagine o dos outros médicos”, comentou a paciente.
– Falando em saúde, os profissionais de Saúde de Itatiaia comemoraram o resultado positivo de sua greve. Três dias após o início da paralisação, o prefeito Luis Carlos Ypê (PP) mandou um projeto à Câmara Municipal em caráter de urgência concedendo aos enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos plantonistas uma gratificação que aumenta os salários em 70%. No entanto, o projeto trazia um artigo que previa o corte da gratificação caso algum servidor faltasse o trabalho, mesmo estando doente e apresentando atestado médico. O vereador Imberê Moreira Alves (PR) chamou atenção para a cláusula e o prefeito prometeu enviar à Casa a correção da mesma.
– O vice-prefeito de Resende, Noel de Oliveira (PDT), foi o único político da cidade a participar da inauguração das novas instalações do Sesi e Senai de Resende, na manhã do dia 4. É que o prefeito e os vereadores estavam no Rio de Janeiro para a posse do vice-governador do estado, Luiz Fernando Pezão, que é de Piraí.
– A adesão do Solidariedade ao Governo Rechuan, através do recebimento de uma Secretaria, já mostrou a que veio na votação do requerimento da vereadora Soraia Balieiro (PSB), no dia 3. O vereador Davi de Jesus (Solidariedade) anunciou que o grupo acompanharia o voto do líder de governo, Pedro Paulo Florenzano (PP) e tanto ele, quanto Barra Mansa (Solidariedade) foram contra o documento. Só Stênio (Solidariedade) votou como quis, e apoiou o requerimento da colega.
– No meio da discussão, aliás, Stênio reclamou de não receber respostas de todos os requerimentos de informação que faz. Por isso, na sessão seguinte, do dia 8, o presidente da Casa, Bira Ritton (PP), entregou a ele uma certidão comprovando que as respostas de todos os requerimentos são entregues em dia.O vereador então usou a tribuna para mostrar que nem todas as suas respostas chegaram em 30 dias, como o previsto, e que muitas não vem com informações completas. Em um deles ele diz ter pedido quatro planilhas e “não veio nem meia” e em outro a resposta teria sido que ele analisasse os documentos no local em que ficam guardados.
– Apesar da história do requerimento, os vereadores marcaram um ponto positivo na sessão do dia 3: o vereador Pedro Paulo pediu o adiamento do projeto de lei 001/14 por duas sessões. Trata-se da proposta de emenda à Lei Orgânica do município, que mudaria o artigo 9º, de autoria do Executivo Municipal. O projeto nada mais é que uma nova tentativa do governo municipal de beneficiar o Resende Futebol Clube, alterando a lei orgânica para isso. Em sua justificativa o vereador afirmou que não estava adiando a votação por uma questão de procrastinação, mas que as comissões da Casa haviam assinado parecer pela ilegalidade e inconstitucionalidade do projeto e que, por isso, ele tentaria convencer o prefeito a retirá-lo da Casa.
