Acredite se Quiser

– O prefeito de Resende, José Rechuan (PP) cada vez mais aparece com medidas “absolutistas”, como dizem os que acrediram que ele age como “reichuan” que têm assustado até os vereadores. A primeira delas, que não chegou a causar falatório, é o projeto de lei 53/2013, enviada à Câmara Municipal por Rechuan pedindo a incineração dos documentos públicos de 1976 a 1979 para ajudar na organização da administração municipal. O prefeito alegou que os documentos já foram digitalizados e que possuem mais de 30 anos, fazendo com que a incineração esteja dentro das regras do Conarq (Conselho Nacional de Arquivos). A desculpa “colou” e o projeto foi aprovado em primeira discussão na terça-feira, dia 18. Ele só esqueceu de mencionar o valor histórico dos documentos. Nestes casos, a digitalização é aconselhada para que, quando os documentos estejam muito deteriorados se possa ter acesso à sua informação e não como um álibi para sua incineração. E resta saber também se o prefeito lembra que, assim como precisaria fazer com os documentos impressos, as versões digitalizadas também devem estar ao alcance da população, segundo a Lei da Transparência Digital.

– Falando na década de 1970, aliás, o Re(i)chuan está mandando decretos-lei, ops, projetos de lei para os vereadores em quase todas as sessões. Além das tentativas ainda frustradas de ajudar o Resende Futebol Clube – com o projeto de alteração da lei de doação em dezembro de 2013 e a tentativa de mudança na lei orgânica municipal neste ano -, Rechuan ainda mandou um projeto de lei essa semana que cria mais cargos públicos comissionados. Segundo o líder de governo da casa, Pedro Paulo Florenzano (PP), é para criar novas vagas que, posteriormente, podem ser oferecidas em concursos públicos. Ah tá então!

– Mas o que de fato vem intrigando a corte, ou melhor o governo, é a questão dos nomes de ruas e logradouros públicos. Desde janeiro deste ano – a partir de mais uma das mensagens enviadas por Rechuan -, os vereadores não podem mais batizar as ruas e lugares públicos, cabendo esse trabalho apenas ao prefeito. O que eles podem fazer é uma indicação de nome para o prefeito, que pode acatar ou não a sugestão dos vereadores. Tivo, que havia tentado entrar com um projeto de lei para denominar uma quadra e teve que retirá-lo devido à nova regra, acabou desabafando sobre as medidas que vem sendo tomadas pelo Executivo da cidade. “Primeiro ele diz que a gente não pode fazer projeto de lei que gere despesa, aí só sobra denominação de logradouro, que o máximo que gasta é com uma plaquinha. Mas agora com essa aí, não sobrou nada pro vereador fazer”, disse, durante a sessão da terça-feira, dia 18.

– A chapa 2 venceu a eleição da associação de moradores do bairro Paraíso, que aconteceu no dia 16, e vai para seu segundo mandato. Segundo as más (ou boas) línguas, a chapa era apoiada pelo prefeito Rechuan. Por isso, o grupo fez questão de ir à sessão da Câmara posterior à eleição e mostrar que havia ganhado mesmo sem o apoio deles, que teriam apoiado o grupo concorrente. Como muitos vereadores não compareceram à sessão, a cada um que tinha sua falta justificada, o grupo da chapa 2 aproveitava e soltava uma vaiazinha.

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One thought on “Acredite se Quiser

  1. Bom dia Ana Lúcia

    Acredito que faltou informação ( ao seu jornal )quanto ao Projeto de Inceneração, insinuando que a inceração a ser feita não atende a preocupação de verificar o valor histórico dos documentos, e os cuidados especifico. Isso desrepeita o profissionalismo, caráter e responsabilidade da equipe responsável pela seleção de documentos. Eu em particular, fui responsável por verificar cada documento, elaborar o processo de Incineração, e verificar as questões legais, históricas e humanas e me preocupar com o acesso do cidadão aos processos e muito mais ainda com o trabalho de digitalização para que em nenhum momento tivesse falhas ou dificultasse o acesso do cidadão nosso principal interessado, se por necessidade ou por curiosidade quisesse ver um processo. Informo que foi seguida toda a orientação do Conarq, e que em momento algum eu , ou minha equipe de fiscalização da Comissão de Incineração de documentos, teve a intenção de agir de má fé, desrespeitar, ou como você mesma diz ” cria álibi” para qualquer situação relacionada ao governo. Ficaria muito honrada se você fizesse uma visita ao DAC-Divisão de Arquivo Central, e obtivesse maiores informações, para assim fazer uso desse meio tão maravilhoso que é o seu Jornal, para ser mais precisa nas matérias. Não acredito que nosso trabalho de servidores de carreira, seja tão desprezado com o termo ” a desculpa colou”, e tão pouco falar da nossa credibilidade sem conhecer o que realmente fazemos, e com que carinho, respeito e responsabilidade tratamos o cidadão quando necessita de nossos serviços. Gostaria que você ficasse ao menos um dia aqui, para saber nosso dia a dia, antes de tecer uma opinião tão dura, desrespeitando nosso trabalho. Estou aqui a sua disposição para esclarecer qualquer dúvida.

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