O carnaval é chamado de “maior espetáculo da Terra” quando este acontece na cidade do Rio de Janeiro. E para que esse espetáculo fique melhor a cada ano que passa, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), junto com as agremiações filiadas a ela, passou a promover ensaios técnicos no sambódromo desde a década passada, uma forma de cada escola de samba avaliar o que ainda pode ser corrigido até o dia do desfile oficial.
Com o intuito de mostrar a importância dos ensaios que acontecem na Avenida Marquês de Sapucaí para cada segmento de uma escola de samba, a equipe do jornal BEIRA-RIO entrevistou no último dia 9, desde diretores de harmonia e alegorias até jornalistas da mídia especializada em carnaval. O compositor Josemar Manfredini destaca em que aspecto os ensaios da passarela do samba podem ajudar na harmonia.
— A importância dos ensaios é mais para um aprimoramento do canto, é para os componentes mostrarem o que vem sendo realizado em outros ensaios (de quadra e rua), se eles já estão com a letra do samba na ponta da língua, em especial aos que pertencem a alas comerciais, que na maioria das vezes só frequentam os ensaios daqui. Fora a harmonia, tudo o que se vê nesse dia se assemelha ao dia do desfile, as únicas diferenças são a inclusão posterior de alegorias e fantasias, sem contar que o público que nos assiste no ensaio canta o samba junto e é diferente daquele que vemos nos desfiles, que costuma ficar quieto – relata o compositor, autor de sambas-enredo em escolas como Salgueiro, Unidos da Tijuca e Caprichosos de Pilares.
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