Ajuda na prevenção ao câncer de próstata

Em 1694, o italiano Antonio Latini picou alguns tomates e os jogou na panela… Pela primeira vez, atestam os anais da gastronomia, a fruta virava matéria-prima de um molho. Quatro séculos depois, os bioquímicos reconhecem que o mestre italiano não havia criado apenas o autêntico molho pomodoro. Ele havia descoberto a melhor forma de transformar o tomate em um alimento anticâncer.

Essa vocação se deve ao fato de o tomate ser rico, muito rico, em licopeno, uma substância defensora do corpo humano que fica dentro das células do tomate e é liberada quando há calor. O maior trunfo do nutriente, de acordo com evidências colhidas pelos últimos estudos, é seu papel na prevenção do câncer, especialmente o de próstata – segundo tipo mais comum entre os homens brasileiros. Metido, o senhor tomate também quer espaço no coração da família. Pesquisadores da Universidade Tufts, em solo americano, chegaram à conclusão de que a ingestão diária de licopeno está associada a uma redução de 26% no risco de doenças cardíacas. “O licopeno auxilia a evitar a oxidação do LDL, o colesterol ruim, processo que contribui para a formação das placas que entopem as artérias”, justifica a nutricionista Daniela Caetano, consultora da Associação Brasileira de Nutrição.

O pigmento que deixa o fruto bem vermelho fica dentro de certas estruturas celulares, uma espécie de casquinha vegetal no formato de um grão de arroz. Ele aparece pra valer nas entranhas do alimento, ou seja, na polpa. Quando o tomate é levado ao fogo, no momento de fazer o molho, aquela casquinha se rompe com o calor, liberando o licopeno. Com isso, o nutriente é facilmente absorvido pelo corpo e pode chegar à circulação.

Fotos: Laura Salaberry

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