Surto de sarampo em São Paulo reforça importância da vacinação em dia

Segundo dados atualizados do Ministério da Saúde, pouco mais de 560 casos de sarampo foram registrados no Brasil este ano. A maioria desses casos (484) apareceram no estado de São Paulo, que passa por um surto da doença, com 75% dos registros na capital. Situação que preocupa o estado do Rio de Janeiro, uma vez que um de seus municípios também enfrenta um surto.

Paraty, que fica na Região da Costa Verde, confirmou até o momento 10 dos 13 casos de sarampo registrados no território fluminense, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-RJ). O número preocupa, já que em todo o ano de 2018 foram notificado 20 casos de sarampo. Naquela ocasião, com as campanhas e imunizações de rotina, 95% da população-alvo se vacinou.

Com isso, o SES-RJ faz uma ação preventiva que tem por finalidade reforçar a necessidade da prevenção com a vacina, disponível nos postos municipais.

– São Paulo está registrando a ocorrência da doença e os estados têm grande circulação de pessoas, por isso a importância da prevenção. A ação faz parte da recomendação do Ministério da Saúde e estamos colocando em prática. A indicação é fazer a administração da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) para crianças a partir de 1 ano de idade e os adultos até 49 anos que não estão em dia com a vacina. Para aqueles que têm dúvida se receberam ou não a dose, a indicação é pela imunização – explica o médico da secretaria, Alexandre Chieppe.

Chieppe recomenda cuidados para quem teve contato com pessoas doentes ou com sintomas. “Caso tenha viajado ou teve contato com pessoas com sintomas da doença, procure uma unidade de saúde mais próxima”, reforça.

Ainda que não tenham registrado casos, outros municípios também reforçam o alerta. Em Resende, os postos estão abertos e com doses disponíveis da vacina, segundo a coordenadora do Programa Municipal de Imunização, Maria Regina de Paula.

– Aqui fazemos a vacinação de rotina, seguindo a orientação do Ministério da Saúde, com a primeira dose a partir de 1 ano de idade (tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola), e a segunda a partir dos 15 meses (tetra viral, contra sarampo, varicela, caxumba e rubéola). Aqui não houve necessidade de campanhas de imunização em massa, porém os postos de Resende estão de portas abertas para aqueles que não completaram o esquema de vacinação completo – explica a coordenadora.

A orientação dos dois especialistas é que as pessoas não procurem os postos de saúde para vacinar em caso de gestação (a mulher precisa aguardar 30 dias após a imunização para engravidar); pessoas com baixa imunidade ou gripadas e pacientes em tratamento contra o câncer ou que são portadores de doenças que derrubam o sistema imunológico, como a Aids. Nesses casos, é recomendável uma consulta médica prévia.

No ano passado, o município atingiu a meta de vacinação contra a doença, com 99% de cobertura vacinal durante a campanha realizada para crianças em 1 e 5 anos de idade.

Em Resende, o Programa Municipal de Imunização funciona no antigo Posto do Estado, que fica na Rua João Maia, 42, no Centro. O local funciona das 8 às 16h45, mas a vacina contra o sarampo é aplicada de 8 às 16 horas, às terças, quintas e sextas-feiras. A coordenadora aproveita para ressaltar a importância do uso da caderneta de vacinação.

– Mesmo que a caderneta seja adquirida ainda na infância, as vacinas administradas deverão ser registradas nela mesmo na idade adulta, uma vez que há um limite de doses no ato da imunização, já que muitas das nossas vacinas são produzidas com vírus atenuados vivos. Por isso é importante guardar este documento em casa – completa Regina.

Para outras informações sobre a vacinação para esta e outras doenças no local ou nos postos localizados no bairros, o telefone é (24) 3381-4830.

SÓ A VACINA PODE PREVENIR
O sarampo é uma doença transmissível de uma pessoa para outra por meio da fala, tosse e espirro. Os principais sintomas são mal-estar geral, febre, tosse e coriza, podendo se agravar em crianças entre 1 e 5 anos, principal público-alvo das campanhas. A doença também provoca conjuntivite e se caracteriza por apresentar manchas vermelhas que aparecem no rosto e se espalham por todo o corpo. A vacina é a única forma de prevenção da doença e está disponível na vacinação de rotina nas unidades de saúde.

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