Um olhar sobre o preconceito

As pessoas encaram Adam Pearson (à direita) onde quer que ele vá. Mas ele se assusta mesmo apenas quando olhares e sussurros se tornam algo mais violento do que isso. Nesse depoimento, Pearson, de 30 anos, que foi o tema principal do documentário The Ugly Face of Disability Hate Crime (“A Face Assustadora do Crime de Ódio a Deficientes”, em tradução livre), transmitido por uma emissora de TV britânica em julho passado, analisa a questão de crimes de ódio contra pessoas com deficiência no Reino Unido.

Viver com uma face desfigurada em uma cidade movimentada como Londres significa que raramente consigo ser invisível.Até mesmo coisas simples como pegar um metrô podem se tornar uma jornada cheia de pessoas cochichando, olhando, apontando para mim.Eu tenho neurofibromatose tipo 1, uma doença que faz tumores benignos crescerem na extremidade dos nervos – no meu caso, no rosto.

Eu entendo porque me encaram. Pessoas desfiguradas são tão pouco representadas em nossa cultura midiática que não me surpreende ver que pessoas não sabem reagir quando nos veem. Mas olhares e cochichos não são um crime de ódio em si, mesmo se eu tiver que sofrer diariamente com preconceito e concepções erradas das pessoas.

Leia mais sobre Pearson e seu relato sobre o preconceito a deficientes no Reino Unido no jornal BEIRA-RIO. Nas bancas!

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