Cartas e E-mails

Lobisomens

O lobo, de fato, é mau.
Chapeuzinho, nem tão
vermelho.
Oponente, por sinal
Não se olha no espelho.
É um tal de faz de conta
Numa conta que não dá.
Quando num cargo se monta:
Tome toma lá dá cá!

Tipo dando que recebe
Nada a ver com
São Francisco
Pois que ilude toda a plebe
E jamais correndo risco
A não ser entre eles mesmo
Protegidos na parede.
Nunca deixam o olho a esmo:
Sabem que o poder tem sede.

Utilizam vai e vem
Como fosse um serrote.
Na campanha é alguém
À procura de quem vote.
Depois somem na poeira
Ou no mofo do porão.
Gato cai na ratoeira:
Lobo vem e dá a mão.
Antonio Francisco

CHEIRO DE PIZZA NO AR
A respeito da única empresa de táxi de Resende não transportar pessoa com deficiência em seus carros, como narrei em edições passadas neste Jornal, não vi nenhum progresso com a denúncia que fiz (na Delegacia, na Ouvidoria e no Comutran). Estou sentindo um cheiro de pizza no ar. Esta empresa está querendo transferir a responsabilidade dela para o poder público, porque nem foi feita uma pesquisa para saber o verdadeiro número de pessoas com deficiência que usam o serviço de táxi o que fatalmente não justificaria investir em um táxi adaptado para ficar as moscas ou servindo a outros fins.
O táxi para mim funciona como uma emergência quando não tenho ninguém da minha família por perto. O que quero é que eles revejam esta desculpa que eles deram para não transportar o deficiente, de que ele pode cair e se machucar, nunca ouvi nada mais ridículo e deprimente.
Continuo no meu propósito de divulgar este fato e estou conseguindo, não só em Resende mas em outros municípios e estados. Uma cidade tão pequena não se justifica a atitude da única empresa de táxi da região, depois querem criticar o atendimento da única empresade ônibus.
Isto no mínimo é um caso de discriminação e arrogância.
Silvia Nascimento

Ao Sr. José Rechuan Júnior, prefeito de Resende,
Eu, Celso, mais conhecido como Celsão Rei Momo, te escrevo em nome das comunidades do Lavapés, Vicentina, Santo Amaro e Surubi. As nossas comunidades são tão sofridas e não têm direito a diversão, será que o problema ou o motivo sou eu, que mal lhe fiz? Pois já fui maltratado, humilhado, tratado com descaso nessa prefeitura, simplesmente por querer dar continuidade a uma tradição de 25 anos, mas já fui tratado com respeito e dignidade em outras gestões.
(…).
Sabe, tenho e fiz história nessa cidade e hoje o Sr. fez de mim um motivo de risadas desses hipócritas que o rodeiam. Aconselharam-me a levar minha história ao jornal, me ofereceram matéria de capa para contar todo o descaso que venho sofrendo nesses anos. Fica aqui a pergunta. As festas tradicionais, festa do Primatoyota e Fogueirão receberam sua ilustre atenção e a Festa do Celsão, com 25 anos de tradição, não. Por que o descaso?
Att.
Celsão Rei Momo
NOTA DA EDITORA
Como o leitor da carta acima não cita nome do jornal que lhe ofereceu capa para contar seu “descaso”, me sinto na obrigação de informar, já que a carta está sendo publicada neste semanário, que não foi o BEIRA-RIO a fazer essa oferta.

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