Nesta sexta-feira, dia 30, funcionários da Prefeitura acompanhados da Guarda Municipal, foram até a Vila Vicentina novamente para tentar despejar e destruir os terrenos e casas dos moradores de uma área de ocupação.
Os moradores dessa vez relataram que eles chegaram ao início da manhã com maquinas e foram derrubando todas as cercas e casas em construção. Os moradores quando viram a atitude, foram para os terrenos e impediram que derrubassem mais cercas e moradias.
O secretário de Habitação, Emerson José Ferreira, também esteve no local e disse aos moradores que eles teriam 12horas para retirar os pertences e que as casas e cercas seriam destruídas. Depois de perceber que os moradores não iam sair, e que a solução seria uma conversa formal com o Prefeito José Rechuan (PP), o secretário afirmou que entraria em contato com o prefeito para que a reunião fosse marcada até a próxima quarta-feira, dia 04.
— Eles não trouxeram nenhum documento, nem mesmo vieram falar com a gente. Viram que não tinha ninguém nos terrenos vazios e começaram a derrubar as cercas. Mas a galera se uniu aqui e impediu a desapropriação, Velacio Itamar, 33.
A primeira atitude da Prefeitura no mesmo caso foi no último dia 6, onde foram enviados funcionários ao local para informar que todos deveriam deixar o local, retiraram as cercas e avisaram que máquinas e tratores chegariam para derrubar as casas. Segundo eles, o presidente da Amar, Wilson Moura e um funcionário da Secretaria de Obras, morador do bairro, teriam chegado sem avisar e disseram que iriam derrubar as construções erguidas e despejar os moradores do local, alegando que o espaço era ambiente verde e que não poderia ser construído nada na área de propriedade da Escola Municipal Julio Verne.
— Área verde? Esse campo todo desmatado. Que ninguém cuida. Área verde é onde esse governo desmata pra fazer sítio ou casa de campo, como por exemplo, na Jacuba – diz um morador que estava revoltado, que preferiu não se identificar.
Eles alegam ainda que os terrenos foram cedidos pelo governo Silvio de Carvalho e que o atual prefeito, na época de eleição, garantiu que eles poderiam continuar. Porém, chegaram sem avisar e queriam que todos saíssem das casas que passariam a máquina para demolir as construções.
Até o momento a prefeitura não informou nenhuma nota sobre o caso.
A Prefeitura está com medo de fazer cumprir a lei. Se o local é de posse, tem que retirar mesmo. Esses “moradores” não tem direito nenhum de estar aí. Engraçado quererem exigir que sejam comunicados, que tenham reunião… as pessoas estão saindo do limite do razoável, só querem ter direitos, mas sem cumprir deveres.
PMR tira logo, estamos com vcs!