A exoneração da Secretaria de Educação de Resende, professora Rosaly Azevedo, conforme publicado no jornal BEIRA-RIO, edição Nº 816, 19 a 25 de julho, mostra o despotismo do governo de Resende e fere toda uma classe.
A maneira e a forma descrita pelo jornal, além do desrespeito com a pessoa humana, fere a dignidade de uma profissional de educação com bastante experiência e relevantes serviços prestados ao magistério municipal.
Rosaly era devotada e queria fazer o melhor pela educação, porém, contrariou o Chefe e foi exonerada.
O episódio grotesco, torpe e degradante, pela forma vil e arbitrária do executivo, pelo motivo da traição da ” confiabilidade política” citado, não levou em conta o profissionalismo e os serviços prestados pela servidora.
Pela leitura, vê-se que a secretária quis ser apenas honesta com o governo e sua função. Afinal, pela lei da transparência, qualquer cidadão pode ter acesso aos atos e fatos públicos: Lei da Transparência 12 527, de 18 nov 2011.
Errado, se a secretária negasse ou se omitisse da obrigação. Por isso, foi execrada.
Exonerada por não compartilhar com o erro; exonerada por ter sido honesta; exonerada por não aceitar a corrupção; exonerada por ter sido íntegra e responsável.
Que governo é esse de Resende ? Como se falar em democracia e direitos humanos se conviemos com essa covardia pública abominável. Não só ela, mas também outros servidores.
Não podemos nos calar e assistir de braços cruzados a esse dantesco episódio. É dever da Câmara de Vereadores apurar o caso e salvar a honra da professora Rosaly.
Cara Rosaly, você honrou o cargo de Secretário de Educação daqueles que passaram pela função e daqueles que virão a ocupar o cargo.
Parabéns !!!
Você foi digna da classe a que pertence. Você não corrompeu e nem deixou-se corromper pelos algozes políticos de então. Você honrou e dignificou ainda mais a profissão de mestre.
Para você com louvor, o juramento que um dia prometeu cumprir:
“ SOLENEMENTE PROMETO,
NO DESEMPENHO DE MINHAS FUNÇÕES DE EDUCADOR,
TRANSMITIR COM LEALDADE, INTEGRIDADE E HONESTIDADE
OS ENSINAMENTOS HUMANOS E CIENTÍFICOS
QUE FAÇAM DOS JOVENS A MIM CONFIADOS
PROFISSIONAIS E CIDADÃOS CONSCIENTES
RESPONSÁVEIS E INTELIGENTES.
SE CRIAR HOMENS EU CONSEGUIR,
SENTIR-ME-EI REALIZADO.
ASSIM PROMETO ”
CME/Resende
Mui dígna editora do jornal BEIRA-RIO,
Acabo de ler o livro “Priscas Eras” da poeta e escritora Martha Carvalho Rocha, que diz ser e o é, sua autobiografia. Mas, não o é, somente. Nele, relacionam-se familiarmente parte da vida da autora, (pois desejo que o seu crepúsculo final ainda esteja longe) dos seus familiares e do seu círculo seleto de amizade. O lirismo permeia a realidade de sua vida com tal intensidade que, diversas vezes, vi-me com os olhos rasos (fundos?) d’água, com vontade de saber mais sobre Lucila… . Eivado de poesia, a leitura faz-nos participar das reminiscências, imaginando, ora as características da Repleta, ora do Bar do Gonçalves Leite. Faz a saudade instalar-se em nosso coração quando relembra, com sentimento, a Estação dos Trens, da dona Haydée do Castelo, Do Sr Randolpho Souza da Lira, do tempo em que escrevíamos cartas. A narrativa, em prosa, absorve-nos de forma tão prazeirosa, que, por pouco, não a fazemos de uma só “t acada”. Oh!, a velha Praça, onde as “cadetinas”, não só elas, andavam em círculos no entardecer de todos os domingos… O livro, óbvio, retrata a vida da autora, rica, vivida, sofisticada, sofrida, lutada, vencida e que findar-se-á no entardecer de todos nós. Ah!, se tivesse conhecido a Tia Ida, se pudesse ver as pernas da Martha… Seria a apoteose. Remeto-lhe o livro, que me foi dado, após leitura, por uma funcionária dos Correios. Repito o gesto.
Atenciosamente.
Joel Vieira Lourenço
NOTA DA EDITORA
Agradeço a gentileza e com certeza absorverei a poesia descrita.
Ana Lúcia
Ao jornal BEIRA-RIO,
Uma pergunta que não quer calar: Por que esse ano o Festival de Teatro não será realizado no Cine Vitória?
Fui me informar com algumas pessoas que conheço, e que trabalham na prefeitura, e me disseram que o Cine Vitória não está em condições de uso!
Mas ele não ficou fechado um tempão pra reforma? Na época alegaram que era uma reforma simples de troca de telha, caibros e pintura. Abriram processo, teve licitação encaminhada pela secretaria de obras no valor de duzentos mil reais. O próprio secretário de obras deu entrevistas no jornal BEIRA-RIO dizendo que ia reabrir o teatro em, no máximo, três meses.
Agora fiquei sabendo que não teve reforma nenhuma, e que ninguém sabe pra onde foi o dinheiro, ou melhor sabem, mas não querem dizer! Se teve processo e licitação é só ver o que tá escrito no documento, e fiscalizar se foi realizado ou não. Os vereadores estão fiscalizando isso?
O Cine Vitória foi comprado pelo município, com o dinheiro do povo! Na abertura dos festivais anteriores o prefeito disse que essa compra foi uma conquista do resendense, e que ali era o espaço para a cultura, depois de reeleito, esqueceu tudo o que falou?
Fui informada, por servidores municipais, que o Cine Vitória agora é a sede da Secretaria de Urbanismo. Pra usar o espaço pra essa secretaria o Vitória está em condições, mas para realizar o Festival de Teatro não?! Como assim?
Aí colocam o Festival de Teatro no cinema velho da Aman?! E quem não tem carro como é que vai? Lembro da música da Angélica…vou de táxi! Pois ônibus da São Miguel ninguém merece, e eles não atravessam a via cruz do retão. O jeito é ir a pé.
Esse Festival tem que ser feito no Cine Vitória, que fica perto de tudo, é fácil de chegar e de sair, tem ônibus na porta, se chover tem onde se abrigar. Mas é isso, o homem tá reeleito, agora o povo que tava gostando do teatro ali no centro, que se dane!
Com esse negócio da mudança do local do festival fiquei sabendo que o secretário de cultura mudou, mas por que mudou? Pelo menos com o antigo secretário o festival acontecia no Cine Vitória, agora só Deus sabe o que será!
Sabe de uma coisa, o prefeito bem que podia colocar a Secretaria de Urbanismo dentro do Hospital de Emergência. O que essa secretaria tem a ver com o hospital? Ora, o mesmo que tem a ver com o Vitória. NADA! E quem sabe assim o prefeito não devolvia o teatro para o resendense.
ACORDA RESENDE! FESTIVAL DE TEATRO É NO CINE VITÓRIA! ESSA É UMA CONQUISTA NOSSA, QUE PREFEITO NENHUM PODE TIRAR!
Janete de Moraes e Silva
