Estado do Rio de Janeiro volta a ter risco moderado para a Covid-19

A décima primeira edição do Mapa de Risco da Covid-19, divulgada nesta quinta-feira, dia 10, pela Subsecretaria Extraordinária de Covid-19, aponta que 75% da população fluminense está nas regiões que estão em bandeira vermelha (de alto risco para a doença). A classificação abrange as Regiões Metropolitana I e II e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. Já as Regiões Baía da Ilha Grande (onde fica Angra dos Reis), Baixada Litorânea e Serrana, que juntas concentram 12% da população do estado, estão classificadas em risco moderado. As demais regiões do Rio de Janeiro, Médio Paraíba (onde se localiza Resende, Itatiaia, Quatis e Porto Real), Centro-Sul e Norte, estão classificadas em baixo risco, simbolizado pela bandeira amarela.

Na edição anterior do Mapa, divulgada no último dia 27 de novembro, apenas a Região Metropolitana II apresentava alto risco (bandeira vermelha) e Metropolitana I, Baía da Ilha Grande e Médio Paraíba apresentavam risco moderado, com bandeira laranja. O restante estava classificado em amarelo, baixo risco para a Covid-19. Com essa nova classificação, o território fluminense voltou a ser classificado como risco moderado para a doença.

A Região Noroeste foi onde o número de casos teve o aumento mais expressivo: 166,67%. Na Região Serrana, o aumento do número de óbitos foi de 50%. A taxa de positividade das regiões do estado foi o indicador que mais apontou para a classificação vermelha. Em todas elas, ficou acima de 28,34%. Na Baía da Ilha Grande, chegou a 41,43%, mantendo a região com o maior índice do estado, conforme análise anterior. A maior taxa de ocupação de leitos de UTI está na Região Noroeste: 86,67%. Nos leitos de enfermaria, a maior ocupação é da Região Metropolitana I, 79,21%. É nela também onde está o menor tempo previsto para esgotamento de leitos de UTI: 9 dias.

A taxa de positividade da doença no Rio de Janeiro aumentou de 24,47%, na análise anterior, para 37,63%. O estado teve uma diminuição de 3,14% no número de óbitos, mas os casos aumentaram 20,77% no período analisado. A taxa de ocupação de leitos de UTI destinados aos pacientes da Covid chegou a 73,36%, e a de leitos de enfermaria, 62,5%. A previsão de esgotamento de leitos de UTI, que antes era de 30 dias, reduziu para 19 dias. Esses são os seis indicadores usados no cálculo para a classificação.

O QUE REPRESENTA CADA BANDEIRA?
A classificação em bandeira vermelha indica que, além das medidas da bandeira laranja, deve-se suspender as atividades econômicas não essenciais definidas pelo território, avaliando cada uma delas; e definir horários diferenciados nos setores econômicos para reduzir aglomerações nos sistemas de transporte público.

A bandeira laranja é indicação de que precisam ser cumpridas todas as medidas de distanciamento social já adotadas na bandeira amarela, além das medidas adicionais: suspensão de atividades escolares presenciais; proibição de qualquer evento com aglomeração, conforme avaliação local; adoção de distanciamento social no ambiente de trabalho, conforme avaliação local; avaliação da suspensão de atividades econômicas não essenciais, com limite de acesso e tempo de uso dos clientes, conforme o risco no território; e avaliação da adequação de horários diferenciados nos setores econômicos para reduzir aglomerações nos sistemas de transporte público.

Cada bandeira representa um nível de risco e um respectivo conjunto de recomendações de isolamento social, que variam entre as cores roxa (risco muito alto), vermelha (risco alto), laranja (risco moderado), amarela (risco baixo) e verde (risco muito baixo).

MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) adotou medidas para enfrentamento à pandemia. Atualmente há 230 leitos de UTI e 206 de enfermaria, um total de 436 leitos na rede estadual dedicados ao tratamento da doença, e há previsão de abertura de novos, gradativamente. A SES deu início no último dia 4 ao programa de ampliação de testagem por RT-PCR, com abertura de três centros para diagnóstico precoce, onde estão sendo oferecidos 1.500 testes por dia. Até esta quarta-feira, dia 9, já haviam sido realizados 4.183 testes de RT-PCR nas unidades. O programa é complementar à testagem de RT-PCR que já vem sendo realizada em unidades municipais de saúde e coordenada pela Secretaria.

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