Empresa que atuava em Resende é alvo de operação que prendeu sete pessoas

Uma das empresas envolvidas em esquema teve material apreendido no Rio de Janeiro

Agentes do Departamento Geral de Combate a Corrupção, ao Crime Organizado e a lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), órgão ligado a Secretaria de Estado da Polícia Civil, estão em Resende, desde o início da manhã desta terça-feira, dia 30, cumprindo mandados de apreensão contra uma quadrilha que teria fraudado R$ 66 milhões em licitações da Fundação Leão XIII, subordinada a vice-governadoria do estado.

No município ficava a sede de uma das empresas envolvida no esquema, o Grupo Galeno Distribuidora de Material Médico Hospitalar Ltda, que funcionava no bairro Vila Julieta. Outro município visitado pelos agentes foi Angra dos Reis, na Costa Verde, onde foi encontrada uma lancha que pertencia a um dos integrantes da quadrilha.

Até o momento, segundo a polícia, sete pessoas foram presas. O casal Flávio Salomão Chadud e Marcelle Braga Chadud (que seriam os cabeças do esquema), André Brandão Ferreira, que trabalha na Fundação Leão XIII, Bruno Campos Selem, Daisy Luce Reis Couto, Marcus Vinícius Azevedo da Silva e Vitor Alves Silva Júnior foram indiciados por organização criminosa, falsidade ideológica, peculato e fraude à licitação. Além disso, estão sendo cumpridos outros 19 mandados de apreensão nos dois municípios e também na sede da Fundação Leão XIII, no Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações, que fazem parte da Operação Catarata, eles estariam envolvidos em um esquema de fraude realizado entre os anos de 2015 a 2018, onde apenas uma empresa era beneficiada nas licitações realizadas pela entidade, a Servlog Rio, sendo que as demais apenas participavam dando lances falsos. Todo o processo licitatório investigado era voltado para a aquisição de 560 mil armações de óculos, 560 mil consultas oftalmológicas e 560 mil exames de glicemia.

A Fundação Leão XIII é voltada ao atendimento de pessoas de baixa renda e moradores em situação de rua, oferecendo diversos serviços, entre eles de gratuidade na obtenção de documentos e atendimento médico oftalmológico, através do projeto Novo Olhar, que foi realizado em Resende pela última vez em maio do ano passado.

Já a Galeno, a Servlog Rio e outras duas empresas envolvidas no esquema (Tercebrás Serviços Eirelli e Riomix 10 Serviços) responderão administrativamente e podem ser punidas em multa de até 20% de seu faturamento, serem declaradas inidôneas e ficarem impedidas de contratar com a Administração Pública.

A Vice-Governadoria do estado informou em nota que todas as atividades que a Servlog prestava para a fundação através do projeto Novo Olhar foram suspensas, e que aguarda as orientações da Corregedoria Geral do Estado (CGE) e da Procuradoria Geral.

Foto: Divulgação/Polícia Civil

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