Subiu para 99 o número de mortos após o rompimento da Barragem 1 da mineradora Vale, na última sexta-feira, dia 25, em Brumadinho. Com isso, um mar de lama varreu a comunidade local e parte do centro administrativo e do refeitório da mineradora.
Segundo o Corpo dos Bombeiros, 57 dos corpos foram identificados, e outras 259 pessoas seguem desaparecidas. O levantamento ainda destaca que 192 pessoas foram resgatadas; outras 393 foram localizadas e 176 estão desalojadas.
Nesta quarta-feira, dia 30, os bombeiros passaram a realizar as buscas às vítimas da tragédia com máscaras, uma vez que é perceptível o mau cheiro forte dos corpos em decomposição, que atrai dezenas de urubus para a região da Mina Córrego do Feijão.
A função das máscaras de proteção têm dupla função: evitar a inalação de resíduos tóxicos e dos equipamentos que os bombeiros usam nas buscas e que os soldados sintam o mau cheiro tão intensamente.
DIFICULDADES
O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, falou sobre as dificuldades do trabalho. “Em primeiro lugar, é bem impactante. Pela força da lama, muitas vezes não é possível encontrar o corpo íntegro. Muitas vezes são localizados segmentos de corpos”, afirmou. Segundo ele, o fato de o ambiente estar “tomado de lama” torna difícil “identificar o que é um corpo, o que pode ser matéria orgânica de um animal”.
Foto: Reprodução/TV Globo