Resendense na Flórida fala sobre notícias do furacão Matthew

Marcelo Almeida vive na Flórida há quatro meses e fala da situação no local (Foto: Arquivo)
Marcelo Almeida vive na Flórida há quatro meses e fala da situação no local (Foto: Arquivo)

O jornalista e professor resendense Marcelo Almeida, que foi entrevistado em agosto passado pelo jornal BEIRA-RIO durante os jogos olímpicos do Rio de Janeiro, vive com a família na Flórida, nos Estados Unidos, há quatro meses. A região é uma das afetadas pelo furacão Matthew, que já provocou mortes e estragos em alguns países do Caribe. Ele vem acompanhando o desenrolar da passagem do furacão, que chegou nesta quinta-feira, dia 6, à costa do estado norte-americano.

No vídeo ele tranquiliza a todos ao informar que o furacão diminuiu de intensidade e passou a ser uma tempestade tropical (classificado na categoria 3 segundo informações dadas pelo Centro de Furacões dos Estados Unidos, por volta das 9h, pelo horário de Brasília), explicando para qual direção ele se dirigia no momento da gravação, feita há mais de nove horas. Além disso, contou a experiência de testemunhar um furacão e da possibilidade de atingir novamente a região nos próximos dias de intensidade mais fraca.

Ele aproveitou para também postar uma crítica ao jornalismo de uma emissora de TV brasileira em relação às previsões citadas pela correspondente em Nova York. Leia abaixo:

“A correspondente da Globo, em New York, cujo nome não me recordo, acaba de agir de modo irresponsável, leviano e inconsequente na edição do Jornal da Globo desta quinta.

Ela afirmou que caso o furacão Matthew, de fato, torne a atingir a costa leste da Flórida, na semana que vem, ele poderá ser “ainda mais devastador”.

Venho assistindo desde segunda feira aos principais noticiários meteorológicos da TV americana, e nenhum meteorologista ou especialista em furacão, em momento algum, informou algo semelhante.

Esta “jornalista” deveria medir as palavras pois parece se esquecer – ou talvez seja até induzida a agir assim em nome de um espetáculo barato e apelativo de péssimo gosto – que um comentário desta natureza pode levar apreensão a muitos brasileiros residentes, na Flórida, e a seus respectivos parentes, no Brasil.

A bola de cristal dela carece de reparo já. Deplorável”.

MORTOS PODEM CHEGAR A 500 NO HAITI
Segundo informações do site G1, o furacão Matthew caiu nesta sexta-feira, dia 7, para a categoria 3, perto do litoral da Flórida, onde se aproxima com ventos máximos de 195 km/h, informou o Centro Nacional de Furacões. Por volta das 2h (3h de Brasília), o olho de Matthew estava a 70 km/h de Vero Beach e 125 km/h do sudeste de Cabo Canaveral. O Matthew se move em direção ao noroeste a uma velocidade de 22 km/h.

O Centro de Furacões mantém um aviso por furacão para uma extensa faixa costeira desde Boca Raton, no sul da Flórida, até South Santee River, na Carolina do Sul. De acordo com um padrão provável de trajetória, “o olho de Matthew avançará perto ou sobre a costa leste da península da Flórida nesta sexta-feira à noite, e próximo à costa da Geórgia e Carolina do Sul, no sábado”.

Por volta de 1h (2h de Brasília), a companhia Flórida Power & Light, a principal elétrica do estado, informou que 231.010 pessoas estavam sem energia elétrica, a maioria em Palm Beach (79.130), Martin (30.950) e St. Lucie (23.710). Agora, este número aumentou para 475 mil clientes.

O presidente dos EUA, Barack Obama, assinou nesta quarta-feira, dia 5, uma declaração de emergência para os estados da Flórida, Carolina do Sul e Geórgia que permite destinar ajuda federal para lidar com as “condições de emergência” provocadas pelo Matthew.

Em sua passagem pelo Haiti, o furacão (que também impactou em Cuba e Bahamas) causou pelo menos 478 mortes, segundo o governo desse país, número que pode chegar a 500 nas próximas horas.

Foto de primeira página: Foto: Lynne Sladky/AP

Fonte: G1

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