A 2ª Vara de Família, da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca de Barra Mansa lança nesta quinta-feira, dia 21, programa Apadrinhamento do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). O lançamento será feito pela juíza Lorena Paola Nunes Boccia, a partir das 16h, no Fórum de Barra Mansa, localizado na Rua Argemiro de Paula Coutinho, 2.000, no Centro de Barra Mansa.
O Programa de Apadrinhamento foi criado com a intenção de propiciar às crianças e adolescentes, em medida de acolhimento institucional e com esperanças remotas de reinserção familiar e adoção, a oportunidade de construir laços de afeto e apoio material, com possibilidades de amparo educacional e profissional, com pessoas da sociedade que tenham disponibilidade emocional e financeira de se tornar padrinho ou madrinha.
– É um projeto que visa proporcionar a crianças e adolescentes em acolhimento institucional a construção de referências afetivas e sociais. Dessa forma, cria-se a possibilidade de recuperar a autoestima de crianças e adolescentes, pela oportunidade de serem investidos de afetos e cuidados com pessoas fora do ambiente institucional, um padrinho e/ou uma madrinha. A vinculação afetiva de qualidade favorece o estabelecimento de relacionamentos estáveis e duradouros que se tornarão referenciais familiares e sociais para o futuro – explica a juíza Lorena Paola Nunes Boccia.
Segundo ela, o programa também tem o objetivo de mobilizar a sociedade civil no intuito de melhorar o ambiente físico de instituições de acolhimento, adequando-o às necessidades de atendimento a crianças e adolescentes.
– O programa de Apadrinhamento vai atender às necessidades emocionais e materiais de crianças e adolescentes, contribuindo para o seu desenvolvimento educacional, social e profissional. Propiciar a vivência de vinculação afetiva com um grupo familiar, favorecendo o desenvolvimento do sentimento de pertencimento e de segurança emocional. Favorecer a consolidação de laços afetivos que podem dar suporte emocional futuro a essas crianças e adolescentes, após o seu desligamento da instituição de acolhimento e melhorar o ambiente físico de instituições de acolhimento, adequando-o às necessidades de atendimento a crianças e adolescentes – destaca.
O projeto funciona em três modalidade: apadrinhamento afetivo, apadrinhamento provedor e apadrinhamento prestador de serviços. O Padrinho afetivo é a pessoa natural que visita regularmente o afilhado, buscando-o para passar fins de semana, feriados ou férias escolares em sua companhia. Já o padrinho provedor é a pessoa natural ou jurídica que dá suporte material ou financeiro à criança e ao adolescente, seja com a realização de obras ou doações nas instituições de acolhimento ou patrocinando o próprio afilhado. O padrinho prestador de serviços é a pessoa natural ou jurídica que se cadastra para atender às necessidades institucionais de crianças e/ou adolescentes, conforme a sua especialidade de trabalho, sendo um fornecedor de serviços médicos, odontológicos etc.
– Podem participar do projeto pessoas maiores de 18 anos e pessoas jurídicas. As pessoas interessadas podem procurar a 2ª Vara de Família, Infância, Juventude e Idoso da Comarca de Barra Mansa para se cadastrar e participar do projeto. Para o apadrinhamento afetivo, é necessário apresentar ficha de inscrição e os documentos exigidos; ser habilitado como padrinho afetivo pelo juiz; participar das oficinas e reuniões com a equipe do Projeto e ter disponibilidade de tempo para se dedicar ao afilhado (visitas à entidade de acolhimento, à escola, passeios etc). Já para as modalidades de apadrinhamento prestador de serviço e provedor basta apresentar ficha de inscrição e documentos exigidos, e ter condição financeira para contribuir materialmente – informa a magistrada.
Fonte e fotos: Caff Assessoria de Comunicação