Militantes fazem grafite para cobrir mensagens de ódio no Rio

As portas de estabelecimentos comerciais na Praça São Salvador, em Laranjeiras, zona sul do Rio de Janeiro, amanheceram pichadas no dia 18 com mensagens de ódio relacionadas à homofobia e a partidos de esquerda. A advogada Geórgia Mello, integrante do coletivo À Esquerda da Praça, disse que o grupo se sentiu agredido com a pichação e resolveu fazer uma intervenção artística, no estilo “faça arte, não faça ódio”.

– Entramos em contato com o dono da papelaria, seu Luiz, e pedimos para fazer a intervenção. Ele ficou muito feliz e autorizou. Agora, os outros comerciantes viram o resultado e gostaram, então no próximo sábado, dia 7, vamos continuar o trabalho em mais duas lojas – relatou.

O local recebe frequentemente militantes para debates e atos contra o processo de impeachment, promovidos pelo coletivo À Esquerda da Praça, que se mobilizou para transformar a pichação ofensiva em arte. O processo de impeachment teve a admissibilidade aprovada na Câmara dos Deputados no dia 17 deste mês e agora está sendo discutido no Senado.

O trabalho de arte foi feito pela artista visual RafamoN. Ela disse que soube da agressão visual por meio de um amigo grafiteiro e veio voluntariamente contribuir.

– O Marcelo Joe me mandou a foto. Eu sou feminista e de esquerda, quando vi a pichação homofóbica e fascista, vim com o maior prazer – disse RafamoN. A obra, feita na manhã deste sábado, dia 30, foi batizada de Pedaladas do Amor.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Akemi Nitahara/Agência Brasil

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