O prefeito de Resende, Diogo Balieiro Diniz vendo a repercussão e críticas nas redes sociais sobre a demora da operação dos ônibus da nova empresa que ganhou a concessão por 20 anos do transporte público na cidade, resolveu anunciar, no final da tarde de segunda-feira, dia 22, que a Viação Itapetinga começa a circular no município, na quarta-feira, dia 24. O anúncio nem foi feito pela prefeitura, mas nas redes sociais do prefeito.
O contrato de concessão diz que apenas parte da frota será zero quilômetro, mas o prefeito garantiu que todos os ônibus (quase 60), serão zero quilômetro. “Em época de seca até dá pra circular, quero ver quando começar a chover, aí vão tirar os novos e colocar os usados, já que o contrato diz que pode ser ônibus usado para os distritos”, comentou um motorista que pediu para não ser identificado.
De acordo com o anúncio pelas redes sociais, a nova empresa que ganhou apelido pedido pelo prefeito de “Princesinha do Vale”, começará a circula na manhã do dia 24. A tarifa é de R$ 4,40. Ao contrário do que fez com a São Miguel, nesta concessão, o prefeito resolveu subsidiar parte da tarifa. Além dos R$ 4,40 que serão pagos pelo usuário, o governo, leia-se a população, pagará indiretamente mais R$ 1,95 por cada passagem.
— Nesta quarta-feira, às 5 horas da manhã começa a operação da nova empresa de transporte da nossa cidade. Ônibus zero quilômetro, trazendo segurança, conforto, pontualidade, diversas soluções tecnológicas, aplicativos. Tudo aquilo que a população tanto aguarda e tudo aquilo que a população tanto espera… então nessa quarta-feira às 5 horas da manhã começa de fato a operação do novo transporte da nossa cidade, enfatizou o prefeito em vídeo no Instagram.
“Diversas soluções tecnológicas e aplicativos” tudo no plural chama atenção, uma vez que na Câmara Municipal o que foi anunciado pelo diretor da empresa foi um painel digital com horário o que Resende já teve no governo Rechuan, com a diferença é que agora, segundo informou, todos os pontos de ônibus terão esse painel, mas também não disse quando isso acontecerá; aplicativo a São Miguel antes da crise também tinha, hoje faz parte do serviço das empresas de transporte. O usuário está atento às diversas vantagens anunciadas e, de fato, quando serão colocadas em prática.
Os problemas com a São Miguel não acabaram. Agora, os funcionários, alguns com 20 anos de casa temem que seus direitos parem na Justiça do trabalho, uma vez que a empresa alega não ter recursos para arcar com as rescisões. A administração pública é co-responsável, uma vez que é o poder concedente.
Os funcionários se reunirão essa semana com o sindicato dos trabalhadores de transporte público da região e o jurídico da prefeitura para tentar o engajamento necessário do governo para conseguirem receber seus recursos, pois será a segunda categoria no município com a mesma dificuldade: vários trabalhadores da Industec, empresa de limpeza e conservação que era contratada da prefeitura estão até hoje sem saber quando receberão seus direitos. O caso está na Justiça do Trabalho.
Foto: divulgação PMR
